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Empresários estão otimistas em relação à nova equipe econômica

Governo federal coloca Levy na Fazenda e Barbosa no Planejamento

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
28/11/2014 | 07:29
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Wilson Dias/Abr


Após 12 anos de governo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deixará o cargo para dar lugar ao engenheiro e economista alinhado ao mercado Joaquim Levy, que atuava como diretor no Bradesco Asset Management, área de investimentos da instituição financeira. O anúncio oficial ocorreu ontem. No lugar da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, o economista Nelson Barbosa comandará a Pasta. Alexandre Tombini continuará na presidência do Banco Central.

As mudanças, no que diz respeito aos ministérios, geraram mais esperança aos empresários e economistas do Grande ABC, devido, principalmente, à proximidade de Levy ao mercado. “O anúncio é uma pequena luz, que dá certa credibilidade”, disse o diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de São Bernardo, Hitoshi Hyodo. “Melhor que seja alguém de banco do que seja alguém político. Eu diria é que a perspectiva é positiva”, observou William Pesinato, vice-diretor do Ciesp de São Caetano, tendo em vista que as políticas adotadas por Levy devem gerar margem para melhores condições à produção.

Porém, no curto prazo, o cenário econômico, por parte da condução do governo federal, poderá ser bem agressivo no que diz respeito ao controle da inflação e à melhoria do superavit primário, já que Levy é de escola econômica ortodoxa, ou seja, conservadora e pró-mercado, destacou o economista e coordenador do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo, Sandro Maskio. “Ele deve tirar todos os incentivos tributários. E reduzir gasto público. O que seria muito mais (típico) de visão de PSDB.”

Hyodo já espera aperto econômico no começo do mandato dos ministros, porém, acredita que em segundo momento, os juros serão reduzidos, o que deve estimular investimentos e consumo, o que deverá ampliar a produção e garantir empregos.

Em relação à manutenção de Alexandre Tombini na presidência do Banco Central, Maskio avaliou que resta saber se a autarquia monetária terá mais liberdade de decisão em relação ao governo federal. “Mas, tecnicamente, ele é muito competente.” Para Pesinato, “não adianta ele continuar atrelado a aquilo que o governo acha certo mesmo que discorde.”
 




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