Em noites de Gala que vão até domingo, no teatro Sérgio Cardoso, dois bailarinos brasileiros que têm destaque no exterior voltam ao País para fazer par com bailarinas da companhia.
Sorocabano, o prodígio Daniel Camargo, de apenas 23 anos, é o primeiro do Stuttgart Ballet. Ao lado de Thamires Prata, ele dança o Grand Pas de Deux de Dom Quixote. Com impressionante precisão técnica, ele executa um 'manège' com 'grand jeté' - momento em que salta e gira por todo o palco, como se estivesse flutuando no ar. "Este é um dos meus balés preferidos", diz Camargo. "É desafiador, exige técnica, estilo e gosto da música, que é bem alegre."
Com Bachiana Nº1, criada por Rodrigo Pederneiras, o número completa o primeiro ato da noite, que celebra a paixão e a entrega. "Bachiana tem um 'pas de deux' central na obra", diz a diretora da SPCD, Inês Bogéa. "É bem brasileiro, sinuoso e sensual ao estilo Pederneiras. Tem toques de clássico, mas um pouco fora do eixo."
É o carioca Thiago Soares a estrela do segundo ato. Primeiro bailarino do inglês Royal Ballet, ele se junta a Luiza Lopes para dançar o Grand Pas de Deux de O Cisne Negro. Com agenda cheia, Soares chegou a São Paulo no domingo e, depois de se apresentar com a SPCD, passa cinco dias em Londres e segue viagem para o Japão. Nos ensaios, ajustava detalhes do espetáculo com o coreógrafo Mario Galizzi, que faz uma versão d?O Cisne um pouco diferente daquela que Soares está acostumado a dançar. "Tem a questão da adaptação, que vai mais pelo gosto do coreógrafo", diz o carioca. "Mas a verdade é que a dança clássica tradicional tem uma base, um motivo que torna a obra brilhante."
Apresentada recentemente, Le Spectre de la Rose, também assinada por Galizzi, fecha o segundo ato com obras oníricas. No clássico moderno, uma jovem recebe uma rosa de um pretendente e sonha com o espírito da flor, aqui interpretado por Yoshi Suzuki. A noite se encerra com o 'défilé' tradicional das Galas: um agradecimento dançado que reúne todo o elenco.
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