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Grana espera PPP para cobrir a Oliveira Lima

Com falta de recursos próprios, governo petista articula projeto em acordo com a iniciativa privada; proposta de finalizar antiga obra no calçadão comercial gira em torno de R$ 20 milhões a R$ 25 milhões

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
23/11/2014 | 07:33
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Claudinei Plaza/DGABC


Devido a falta de recursos próprios, o governo do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), articula firmar PPP (Parceria Público-Privada) em 2015 para concluir a cobertura do calçadão da Rua Coronel Oliveira Lima, tradicional centro comercial no Centro. O antigo projeto, iniciado em 1998 – ainda na gestão de Celso Daniel, morto em 2002 –, hoje atualizado pela administração petista, está incluído na terceira fase de intervenções urbanas na área e o custo gira em torno de R$ 20 milhões a R$ 25 milhões, valor que até agora afugentou investimentos.

Por conta da alta quantia da obra, inspirada numa galeria de Milão, na Itália, a iniciativa privada é destacada como alternativa viável. O secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos, Paulinho Serra (PSD), reconheceu que o Paço tenta viabilizar esse tipo de acordo em função da restrição orçamentária. “Com verba da Prefeitura é bastante difícil. Pelo momento de dificuldade financeira ficaria impraticável, mas temos essa saída (PPP). O calçadão é simbólico e o prefeito levantou o plano de recuperação, de continuidade do projeto do Celso, como meta.”

As gestões João Avamileno (PT, 2002-2008) e Aidan Ravin (PSB, 2009-2012) não deram prosseguimento à proposta original, de autoria do arquiteto Décio Tozzi, contratado novamente pela Prefeitura para redesenhar o novo projeto. As obras foram interrompidas no calçadão, que compreende quase 500 metros. Apenas cerca de 200 metros receberam a cobertura com estrutura metálica e policarbonato, blindada. A projeção passa por terminar a intervenção, chegando até próximo à Rua General Glicério.

Conforme o plano estudado pela Pasta, a empresa vencedora de processo teria direito a exploração comercial do espaço. “Poderia usar o mobiliário com propaganda, painel com mensagens. São 150 lojas na via. Para o mercado, 50 mil pessoas (média de público) diariamente é bem atrativo, interessante para veicular o nome. Isso mostra potencial econômico que deve ser aprofundado”, exaltou Paulinho, ao acrescentar que o projeto pode conter alterações. “Tem que fechar a conta, finalizando modelo adequado que funcione para todos os lados.”

POR FASES

Em agosto de 2013, a Prefeitura entregou a primeira etapa da revitalização do calçadão, ao custo de R$ 900 mil, com pintura, limpeza, nova iluminação e lombofaixas. O passo intermediário começou ontem, com a retirada das fontes. O retorno da escultura Concreção 005, do artista andreense Luiz Sacilotto também consta no segundo estágio. A obra voltará ao local no início do ano que vem.




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