Neneca não pertence mais ao Santo André. O goleiro deve se apresentar ao ABC de Natal durante a semana. O vice-presidente da Gestão Empresarial, Romualdo Magro Júnior, disse ontem que desconhecia detalhes da transferência. No entanto, o dirigente confirmou que o camisa um não estava mais nos planos do Ramalhão.

Motivo: o salário considerado fora dos novos padrões de quem caiu à deficitária Série C do Campeonato Brasileiro. Romualdo não confirma, mas fala-se que Neneca recebia cerca de R$ 25 mil mensais. "Não teríamos condições de mantê-lo conosco. Ele ainda não nos comunicou a saída, mas já estávamos preparados para perder um dos maiores goleiros do País", elogiou o vice, consciente da realidade que aguarda o Santo André depois do recente terceiro rebaixamento consecutivo.

Na opinião de Romualdo, era mesmo previsível que Neneca preferisse disputar a Série B. "Nem dá para comparar as duas competições. O ABC é um dos raros clubes que conseguem sobreviver das bilheterias. Portanto, eles podem investir muito mais do que a gente", disse.

Segundo ele, o alvo imediato do Santo André, pelo menos nas atuais circunstâncias, é reduzir a folha salarial em 50% - de R$ 400 mil para R$ 200 mil. Isso projeta, esclarece, o teto de apenas R$ 5.000 para os jogadores que permanecerem. "Não há como fugir disso. Não temos receitas proporcionais às despesas", avisou.