Economia Titulo Emprego
GM suspende demissões,
mas deixará 850 em casa

Todos os trabalhadores da unidade da montadora
em S.Caetano terão estabilidade durante 11 meses

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
31/10/2014 | 07:01
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Celso Luiz/DGABC


O Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano informou, ontem, que chegou a um acordo com a GM (General Motors) para que a montadora não demita mais funcionários durante 11 meses. O presidente da entidade, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, revelou, porém, que a empresa vai dispensar, entre ontem e hoje, cerca de 20 funcionários. Mas garantiu, a partir de então, o fim dos cortes e a instituição de um lay-off (suspensão temporária de contrato de trabalho) para 850 operários. Procurada, a montadora não se manifestou até o fechamento desta edição.

De agosto até ontem, pelas contas de Cidão, aproximadamente 200 funcionários foram dispensados da fábrica. A empresa, inicialmente, indicou que há excedente de 1.070 empregados, dos cerca de 11,5 mil. O acordo para o lay-off ocorreu ontem, em reunião entre o sindicato e a montadora, que teve início às 9h e seguiu até o meio-dia, pontuou Cidão.

A suspensão dos contratos terá início no dia 10 de novembro. Os trabalhadores ficarão por cinco meses em casa e, nesse período, terão que realizar cursos de qualificação que a GM disponibilizará. Eles voltarão ao chão de fábrica em 9 de abril.

Esses trabalhadores vão receber, durante o afastamento, R$ 1.304 do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). A montadora será responsável pela complementação do valor até o salário integral dos operários.

Cidão destacou ainda que, durante o período do lay-off, nenhum funcionário da unidade da GM em São Caetano poderá ser demitido. O mesmo acontecerá nos seis meses seguintes à suspensão. “Ao todo, conseguimos 11 meses de estabilidade”, disse o sindicalista.

Caso a montadora dispense algum trabalhador nos seis meses seguintes ao término do lay-off terá de pagar, adicionalmente aos direitos rescisórios, valor equivalente a seis salários.

Esta é a segunda suspensão temporária de contrato em 15 anos na GM. Em 1999, o sindicato conseguiu contornar demissões com acordo em que 600 metalúrgicos ficaram em lay-off e voltaram ao trabalho antes mesmo do período estipulado, de cinco meses.
 




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