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Ídolos falam em nova era na Portuguesa após queda à Série C

Ex-volante Capitão aponta rebaixamento em 2013 como determinante para degola na temporada; técnico em 1996, Candinho evita opinar

Thiago Bassan
30/10/2014 | 07:35
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Andréa Iseki/DGABC


És uma casa portuguesa, com tristeza. A queda da Portuguesa para a Série C do Campeonato Brasileiro, decretada anteontem, após a derrota para o Oeste por 3 a 0 em Itápolis, deixou os amantes do futebol bastante decepcionados. Afinal, a Lusa sempre foi considerada o segundo clube da maioria dos torcedores paulistas. E o fato também não passou despercebido por aquele que é considerado um dos maiores ídolos da história da equipe. 

Com a experiência de quem vestiu a camisa da Portuguesa em mais de 500 jogos, o ex-volante Oleúde José Ribeiro, mais conhecido como Capitão, disse que a situação atual da Lusa é muito triste, e apontou os problemas causados pelo rebaixamento turbulento à Série B do ano passado como um dos principais fatores para que o time voltasse a cair na atual temporada. 

Em 2013, a Portuguesa terminou o Campeonato Brasileiro na 12ª colocação, mas a punição imposta pelo STJD tirou quatro pontos da Lusa e, desta maneira, a rebaixou para a Segunda Divisão do futebol nacional. “Vejo com bastante tristeza, um clube que é grande, tem estádio, estrutura, passando por momento como esse. A Série B é algo normal, o Palmeiras, por exemplo, já passou por isso. Mas cair para a Terceira Divisão é muito radical. O problema envolvendo a queda para a Série B também interferiu muito. A Portuguesa conquistou a permanência no campo e, fora, teve essa questão que trouxe conflitos até hoje. Tudo isso atrapalhou muito o clube”, disse o ex-jogador, que foi diretor de futebol do Água Santa, quando o time de Diadema conquistou o acesso para a Série A-2 do Paulista no ano passado.

Técnico da Portuguesa em diversas oportunidades, entre elas no Campeonato Brasileiro de 1996, quando a Lusa foi vice-campeã, Candinho não quis comentar sobre a situação da agremiação, mas disse estar magoado pela queda. “Fico triste porque é um clube que gosto muito, me sinto em casa. Não sei o que acontece lá dentro, estou fora do clube faz dois anos. Mas é preciso arregaçar as mangas e trabalhar para que a Portuguesa volte a ser a potência que foi um dia”, analisou.  

Torcida na região lamenta descenso 

Empresários e apaixonados pela Portuguesa no Grande ABC não pouparam críticas à diretoria pelo rebaixamento à Série C do Campeonato Brasileiro. Para eles, a punição imposta ao clube em 2013 trouxe não apenas o fato de disputar a Série B, segundo os mesmos, de maneira injusta. Mas abalou psicologicamente os atletas do atual grupo durante o torneio. 

“Creio que o que pesou foi o fator psicológico. Vimos um time muito abalado em campo, frágil, que após tomar um gol já entregava as forças. Caímos antes de começar. E tem o fator dinheiro. Os jogadores não ganham bem. É como um carro andar sem gasolina”, comparou o empresário Manoel Sampaio, 71, dono da padaria Lino Jardim, no bairro Jardim Bela Vista. 

Quem também demonstrou indignação, mas sonha com novos rumos para a Lusa, foi o empresário Alfredo Godinho, 70, da Padaria Nanci, no bairro Vila Alpina. “Essa situação é revoltante. Vi a Portuguesa levar sete jogadores para a Seleção Brasileira em 1958, e hoje vamos disputar essa tal de Série C. É chato, não temos o que falar neste momento. A solução é recomeçar do zero. A gente cansa de ver sempre a mesma coisa, com a Portuguesa perdendo dentro e fora dos gramados. Isso precisa mudar e de maneira urgente”, disse. 




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