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Médicas cubanas visitam Sto.André

Serviços de Saúde mental foram o foco da troca de experiência entre os dois países

Renata Rocha
Especial para o Diário
30/10/2014 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


A fim de promover a integração e troca de experiências entre os dois países, psiquiatras cubanas visitaram ontem serviços de Saúde mental da Prefeitura de Santo André. As coordenadoras de Saúde mental de Cuba, Carmen Borrego Casadilla, e de Psiquiatria, Paula Lomba Acevedo, foram recebidas no município pela psicóloga do Ministério da Saúde Mariana Schorn, a gerente da unidade do Naps (Núcleo de Atenção Psicossocial) 2, Daisy Mirian Marques Nascimento, a presidente da Associação de Volta Pra Minha Casa, Maria Dirce Cordeiro, e a coordenadora municipal de Saúde mental, Maria Ragina Tonin.

“Estamos aqui para verificar o que falta em nosso país na área de Saúde Mental. O tratamento é bastante parecido no Brasil e em Cuba. É gratificante ver o amor e o carinho que as especialistas daqui têm com os pacientes”, disse Carmen.

Um dos focos foi o modelo de tratamento dos distúrbios. As médicas cubanas acreditam que a presença da família é primordial para que dê certo, mas é necessário haver políticas públicas e investimento em pesquisa. “Outra coisa que precisamos mudar é a visão da sociedade em relação a quem tem distúrbio mental. Não se pode generalizar e dizer que o sujeito é perigoso. Ele precisa ser inserido e tratado como igual”, disse Daisy.

As médicas cubanas tiveram contato com vários exemplos de superação. Um deles é a presidente da Associação de Volta Pra Minha Casa, Maria Dirce, que parou a vida por alguns anos por ser diagnosticada como bipolar. Ela relatou que até a família entender que era uma doença e ela ter contato com os tratamentos que existem na cidade, muito tempo se passou. “A presença do Naps na minha vida foi essencial, pois conheci pessoas e participei de grupos que me apoiavam. Após anos de tratamento, fiz faculdade e hoje ajudo quem precisa. Sei que a doença não saiu de mim, mas hoje tenho controle sobre ela”, disse Maria.

Além do Naps, as médicas visitaram o Nupe (Núcleo de Projetos Especiais) – que oferece 12 oficinas aos usuários, com iniciativas de geração de emprego e renda –, a residência terapêutica para mulheres e homens, localizada no bairro Bangu – onde almoçaram com os residentes – e concluíram o dia em uma das unidades do Caps (Centro de Atenção Psicossocial) da cidade. 




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