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Sabesp inicia contabilização da segunda cota do volume morto do Cantareira

Com a medida, conjunto de represas passa a registrar nível acumulado total de 13,6%

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
25/10/2014 | 07:00
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A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) iniciou ontem a contabilização da segunda cota da reserva técnica – conhecida também como volume morto – do Sistema Cantareira, conjunto de represas que abastece população de aproximadamente 6 milhões de pessoas em dez cidades da Região Metropolitana, entre elas São Caetano.

Com a mudança, o nível considerado do manancial passou a ser de 13,6%. No dia anterior, o volume era de apenas 3%. A autorização para a utilização da segunda cota do volume morto, reserva que tem armazenados 105 bilhões de litros de água, foi dada no dia 17 pela ANA (Agência Nacional de Águas). A liberação foi concedida depois que o Tribunal Regional Federal derrubou liminar que proibia a captação adicional.

Apesar da mudança na contabilização da quantidade total, a Sabesp garante que ainda não iniciou o bombeamento de água dessa cota, pois ainda existem 28 bilhões de litros do primeiro estoque emergencial, que começou a ser utilizado em agosto.

Em nota divulgada ontem, a Sabesp informou que “foi a primeira a alertar a população sobre a maior seca da história”. A companhia ressalta que, no dia 27 de janeiro, iniciou campanha publicitária que dizia: “O Sistema Cantareira está com o nível mais baixo dos últimos dez anos. A falta de chuvas em dezembro – o menor índice dos últimos 84 anos – agravou o problema, deixando o sistema com apenas 24% da capacidade”.

A nota é uma resposta da companhia a reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, que publicou áudios de uma reunião interna na qual diretores da Sabesp diziam que ações de estímulo à economia de água haviam sido barradas por “superiores”. “O trecho divulgado, de pouco mais de dois minutos, foi extraído de maneira distorcida e fora do contexto de uma reunião que durou mais de quatro horas. Nele, a presidente da empresa responde às demandas das equipes operacionais, que questionavam a estratégia de comunicação. A presidente informa que a estratégia de comunicação já havia sido decidida pelas instâncias superiores da própria empresa”, diz o texto, assinado pela diretora-presidente da Sabesp, Dilma Pena, e pelo diretor metropolitano da companhia, Paulo Massato. 




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