Cultura & Lazer Titulo Especial
Show sob a lona

Circo Escola de Diadema recebe mais um
prêmio Funarte no ano em que faz 20 anos

Por Gustavo Cipriano
24/10/2014 | 07:05
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Celso Luiz/DGABC


Respeitável público, o Circo Escola de Diadema está em festa. Em 2014, o projeto completa 20 anos de existência, seis no novo formato. Até 2008, não tinha local fixo, as oficinas eram levadas aos centros culturais da cidade. Há seis anos, foi validada concessão de terreno pelos próximos 99 anos, garantindo que a comemoração não deve acabar tão cedo.

Hoje, o Circo Escola (Avenida Afonso Monteiro da Cruz, 259. Tel.: 4044-5263), no bairro União, é um dos mais reconhecidos não só na região, mas no País. Tanto que recebeu também neste ano o Prêmio Funarte Caixa Carequinha de Estímulo ao Circo, sendo o único contemplado no quesito formação cultural. O projeto diademense disputou com outros 200 trabalhos inscritos de todo o Brasil e ficou entre os 20 premiados.

Não à toa que os seus colaboradores se orgulham de fazer parte de uma das iniciativas de longa data mais reconhecidas do município. “É um dos projetos cujo respeito pela comunidade é o que fala mais alto”, diz a coordenadora Viviane Tapia, que comentou o prêmio Funarte. “É reconhecimento saber que o circo não é esquecido. O dinheiro do prêmio vai ser usado em investimentos e novas oficinas.”

O Circo Escola hoje proporciona atividade circense para mais de 1.800 alunos, número que em seis anos ficou nove vezes maior. Além disso, a magia do picadeiro toca pessoas de todas as idades e faz com que o programa tenha visitantes dos 3 aos 80 anos. Os mais novos têm aulas de iniciação, para que entrem em contato com todas as plataformas, como acrobacias, malabarismo, tecido, trapézio, arco, perna de pau, entre outros.

Depois de saber um pouco de tudo, a criança pode escolher qual caminho quer seguir. “Gosto tanto de tecido quanto das bolas. Tudo é muito legal”, diz Yara Pereira de Lucas Alencar, 10 anos. A morada da cidade não fala muito, mas seus olhos brilham enquanto admira o picadeiro. “Quero ser professora de circo quando crescer”, comenta.

O projeto oferece 28 oficinas no total. Além das quatro tradicionais, o programa procura trazer a mistura de outras formas de arte com a circense. A capoeira, por exemplo, é ensinada sob as pernas de pau; o teatro ganha caracterização típica do personagem mais dramático do circo: o palhaço.

O espaço cultural de Diadema ainda tem atividades do Ponto de Cultura, em que pessoas que já têm experiência aprimoram mais suas habilidades. Uma delas, inclusive, já tem a oportunidade de compartilhar os seus conhecimentos com os mais novos. “Venho aqui desde criança todos os dias. Mesmo que não tenha aula, faço questão de ajudar a passar o que já sei. Era do tamanho deles e hoje os meus professores são meus amigos. É muito bom poder colaborar para que esse ciclo continue”, conta Anderson Junior, 16, que faz aula de aéreo e é apaixonado pelo circo. “É forma ingênua, mas empolgante e fascinante de mostrar alegria.”

SERVIÇO

Para se matricular no Circo Escola é fácil. Basta comparecer ao local com documento original e duas fotos 3x4, de segunda a sexta, das 9h às 17h. Menores de idade devem estar acompanhados dos pais.




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