Setecidades Titulo Vandalismo
Diadema estuda instalar
câmeras em cemitério

Sem fiscalização, o local teve casos de violação
de sepulturas e furto de caixão de um natimorto

Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
23/10/2014 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


A Prefeitura de Diadema estuda instalar câmeras de segurança no Cemitério Municipal da cidade, localizado na Alameda da Saudade, na Vila Conceição. A ação foi anunciada pela administração após casos de violação de sepulturas e furto de um caixão de um natimorto no local, conforme o Diário denunciou ontem.

Segundo nota emitida pela Prefeitura, apesar de o cemitério contar com segurança 24 horas e haver rondas constantes no espaço, a Secretaria de Defesa Social iniciou estudos para implantação de sistema de câmeras, elevação da altura do muro e instalação de arames de concertina. Não foram informados qual o valor do investimento, tampouco os prazos para que as melhorias sejam iniciadas.

A medida vai ao encontro de reivindicação da Federação de Umbanda e de Cultos Afro-brasileira de Diadema, que usará a tribuna da Câmara durante a sessão de hoje para falar sobre o tema. “Defendemos que a Prefeitura coloque em prática mecanismos de fiscalização no cemitério, porque é inaceitável que alguém invada o lugar e abra uma sepultura sem ser visto”, afirma o presidente da entidade, Cassio Lopes Ribeiro.

Conforme explica Ribeiro, o assunto trazia preocupação à federação antes mesmo de ser denunciado pela equipe de reportagem. “Somos solidários às famílias que tiveram os túmulos de seus entes queridos violados porque o cemitério também é um lugar sagrado para umbandistas e candomblecistas. E queremos esclarecer que esse crime não é uma prática das religiões”, diz.

Além do episódio de furto de caixão de um natimorto, reencontrado posteriormente e sepultado novamente na manhã de segunda-feira, há registros de quatro sepulturas violadas no local, sendo uma no dia 6 de setembro, cujo boletim de ocorrência foi registrado no 1º DP (Centro) da cidade.

OFERENDAS

Outro assunto que será debatido entre a Prefeitura e a entidade que representa a comunidade umbandista e candomblecista de Diadema é a conservação do Ilê de Omolu e Yansã, local determinado para a prática dos cultos religiosos dentro do cemitério. A pauta também abordará a necessidade de conscientizar a população para evitar a realização de trabalhos religiosos no entorno do cemitério e também nos túmulos.

Desde 1998, o cemitério dispõe dessa área específica para a realização de rituais de oferendas e há placas na entrada do equipamento público orientando os visitantes sobre o espaço. “Queremos auxiliar a Prefeitura a gerenciar a situação. Podemos considerar algumas situações para que as pessoas não estejam utilizando o Ilê de Omolu e Yansã: ou são mal informadas, ou o espaço está descuidado e inseguro, por comodismo ou falta de fiscalização”, ressalta Ribeiro. 




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