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Água chega
ao Sítio Joaninha

Sabesp realiza a primeira de 900 ligações
no núcleo, que serão finalizadas até o Natal

Por Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
22/10/2014 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


Uma nova e aguardada fase teve início na manhã de ontem para os moradores do loteamento Sítio Joaninha, em Diadema, ao ser realizada pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) a primeira ligação de água do núcleo. Até o dia 25 de dezembro, serão feitos 900 procedimentos do tipo, que beneficiarão 3.500 pessoas. O trabalho dará fim aos 20 anos de espera por água encanada, que só chegava aos moradores uma vez por semana, por meio de caminhão-pipa.

As obras de assentamento de 4,5 quilômetros de redes de distribuição de água no Sitio Joaninha tiveram início em junho, com investimentos da Sabesp de R$ 1,2 milhão. Em cada imóvel, foi instalada a caixa UMA (Unidade de Medição de Água), desenvolvida com materiais resistentes que garantem maior durabilidade e menor possibilidade de vazamentos.

Inicialmente, a água chegará à parte baixa da comunidade. No fim de novembro, a instalação de estação de bombeamento – booster – na entrada do bairro permitirá o encaminhamento do recurso à região mais alta. Por dia, 15 ligações serão feitas até o prazo de conclusão do trabalho.

A casa do aposentado Robs Ribeiro de Almeida, 52 anos, foi a primeira contemplada. Embora há pouco tempo residindo no Sítio Joaninha – mudou para lá com a mulher e três filhos em janeiro – ele sentiu a dificuldade em garantir o recurso para a família. “Pegava água do poço dos vizinhos e do caminhão-pipa, mas ele só vinha uma vez por semana, era uma situação difícil”, lembra o senhor, que recebeu kit composto por contrato de prestação de serviço da Sabesp, informações sobre o acesso às redes de comunicação com a empresa e folheto com dicas de economia.

Para reforçar o abastecimento, será entregue no próximo mês o segundo reservatório para o setor Eldorado. “Temos um reservatório em operação com capacidade para armazenar 5.000 m³ e está em fase final de construção outro de 5.000 m³. Serão 10 mil m³, o que equivale a 20 mil caixas-d’água de 500 litros”, explicou o superintendente da unidade de negócios Sul da Sabesp, Roberval Tavares de Souza.

CONSCIÊNCIA

A água chega ao Sítio Joaninha em momento crítico, no qual o Estado sofre com a severa estiagem que tem secado, dia a dia, diversos reservatórios. No local, o recurso na torneira é novidade, mas o desperdício já pode ser visto. Ontem, a equipe do Diário flagrou duas pessoas lavando o carro com mangueira, mesmo com o dia chuvoso.

Indagado se pretende intensificar campanha de conscientização com os moradores, o prefeito Lauro Michels (PV) ressaltou que iniciativas precisam partir da população. “Se não tiver consciência, pode fazer a campanha que for de educação e desconto (para quem economizar) que vai faltar. Ou a gente se conscientiza ou vai sofrer, mas parece que só aprendemos com o sofrimento.”

Verba federal demora e trava início das obras de urbanização

Com a garantia de água nas torneiras, os moradores do Sítio Joaninha aguardam agora a urbanização do núcleo. Porém, segundo o prefeito Lauro Michels (PV), a demora na chegada dos recursos prometidos pelo governo federal atrasou os planos. Para a realização da primeira etapa, são esperados R$ 12 milhões. A Prefeitura tem, desde março, autorização da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) para iniciar as obras na área, que é de manancial.

“A licença ambiental, que era o mais difícil, conseguimos. A Prefeitura fez todas as lições de casa, não tem mais o que esperar, só estou dependendo da Caixa Econômica Federal (entidade que encaminhará o recurso)”, reclamou o chefe do Executivo.

Procurada, a Caixa informou que os projetos de urbanização do loteamento Sítio Joaninha estão em análise final no banco, com previsão de retorno ao município até o fim deste mês. “A publicação do processo licitatório, de responsabilidade da administração municipal, está prevista para o dia 14 de novembro”, acrescentou, em nota.

O dinheiro será liberado de acordo com o andamento da obra, comprovado através de boletins de medições do que foi executado, a serem enviados pela Prefeitura à Caixa.

Empresa amplia bônus a poupadores

A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) anunciou ontem mais duas faixas de desconto para consumidores que economizaram água. A primeira dará 10% de desconto na conta para quem poupar de 10% a 15% na comparação com a média de gasto dos últimos 12 meses. A segunda, dará 15% de desconto para quem conseguir economia de 15% a 20%. Quem economizar mais de 20% continua tendo o benefício de 30% de desconto, em vigor desde março.

As medidas ainda terão de ser aprovadas pela Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo). Só então é que a data de início será definida.

A diretoria colegiada da Arsesp será reunida para analisar o pedido e, se aprová-lo, redigir deliberação para legalizar o desconto. Só depois que a deliberação estiver publicada no Diário Oficial do Estado é que o desconto poderá valer.

Na semana passada, a presidente da Sabesp, Dilma Pena, afirmou que o programa de bônus seria mais eficiente para economizar água que a adoção do rodízio.

As represas do Sistema Cantareira, principal reservatório da Grande São Paulo, estavam com 3,2% da capacidade ontem. (do Estadão Conteúdo) 




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