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Novidade asiática

Para concorrer com Voyage, Prisma, HB20 S e J3 Turin, Lifan lança seu sedã compacto, o 530

Vagner Aquino
Enviado a Campinas (SP)
22/10/2014 | 07:52
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Divulgação


 O cenário é um famoso hotel em Campinas, no Interior. Numa das (várias) salas reservadas para eventos, o corpo diretivo da Lifan apresentou, para a imprensa especializada, sua mais nova arma no segmento de sedãs: o 530. A meta é disputar vendas com compactos do naipe de Volkswagen Voyage, Hyundai HB20 S, JAC J3 Turin e Chevrolet Prisma. Mas, será que ele tem peito para isso?

Pois é, esta foi a pergunta que nos fizemos desde o início. Mencionado apenas no fim da coletiva (como de praxe), o preço de R$ 38.990 agradou e chamou a atenção, afinal, vem bem completinho de fábrica. Aliás, por falar em fábrica, pelo menos por enquanto, nada de produção no Brasil, afirmaram os executivos da marca.

Pelo valor (que só não bate o também chinês Chery Celer Sedan, de R$ 34.990) o sedãnzinho vem com computador de bordo, trio elétrico, ar-condicionado, direção eletroassistida, air bag duplo, freios antitravamento com distribuição de força, volante, faróis e banco do motorista com regulagem de altura, computador de bordo, toca-CDs com MP3 e entrada USB, além de sensor de ré.

Por R$ 2.000 a mais, a versão Talent traz o sistema multimídia NavTech, que inclui DVD player, tela (touch screen) de 7 polegadas, navegador GPS, câmera de ré e conexão bluetooth. Bancos revestidos com couro e luzes em LED no para-choque dianteiro são opcionais – R$ 1.500.

DESIGN
Para atender a meta de vender 530 unidades por mês ao longo de 2015 (até dezembro, a pretensão são 300 emplacamentos/mês), é necessário ter um conjunto completo, vulgo, unir funcionalidade e beleza.

E, de olho nisso, o pessoal da Lifan fez o dever de casa direitinho. O veículo global – disponível nas cores preta, prata, branca, vermelha e azul – alcançou resultados positivos quando em clínicas com o público. A crítica também elogiou.

NAS RUAS
Bom preço, completo, design amigável, mas, e como o carro se comporta? Bem, vamos lá. Para ligar o motor 1.5 VVT (somente a gasolina), o pé deve estar fincado na embreagem – que, aliás, não é tão fácil de se acostumar.

No total, são 103 cavalos de potência. Em números, uma boa, mas na prática não é bem assim. O torque de 13,6 mkgf (entre 3.500 e 4.500 giros) não ajuda nas retomadas. Em ladeiras e ultrapassagens, não é difícil precisar reduzir duas ou até três marchas! Tudo isso com o alto índice de ruído invadindo a cabine e um trabalho de suspensões não tão primoroso.

Críticas também para a qualidade do acabamento e a imprecisão do câmbio.

Mas não dá para negar que o espaço do sedã (de 4,30 metros de comprimento) surpreendeu. O entre-eixos de 2,55 metros e o assoalho plano deixam os ocupantes traseiros bastante à vontade. Para o motorista, a ergonomia não decepciona. E, lá atrás, o porta-malas – aberto por controle na chave – carrega até 475 litros de bagagem. Pena que as alças atrapalham a acomodação da carga.

A título de curiosidade, o computador de bordo marcou média de 15 km/l durante o teste.




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