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Metalúrgicos fazem greve por reajuste

Ontem, 4.000 paralisaram as atividades em cinco empresas; mobilização prossegue hoje

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
09/10/2014 | 07:20
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Divulgação/Adonis Guerra


Cerca de 4.000 metalúrgicos cruzaram os braços ontem na região, como parte da mobilização da categoria por reajuste salarial com ganho real (acima da inflação). As empresas que tiveram a produção paralisada foram a B.Grob, Mahle e Cabomat, de São Bernardo; SMS, de Diadema; e Soma, de Ribeirão Pires. Destas, duas, a SMS e a B.Grob, fecharam ontem mesmo acordo para oferecer 8% de aumento (a taxa inflacionária, mais 1,56%), que era o que os representantes dos trabalhadores buscavam.

Com estas, já são 165 empresas em que o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC – a base da entidade está em São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra – já tem negociação acertada para os 8% de índice. Até terça-feira, havia 109 indústrias com acordo fechado. As paralisações devem prosseguir hoje, mas os locais que os trabalhadores vão parar não são divulgados previamente, o que, segundo os sindicalistas, atrapalharia a estratégia da greve.

De acordo com o secretário-geral do sindicato, Wagner Santana, o Wagnão, a mobilização mostra que está dando resultado. Apesar de, no total, serem 1.300 indústrias nessa base, cerca de 1.000 delas são microempresas, com poucos funcionários, enquanto as médias e grandes fabricantes já estão concordando em pagar o que a entidade pede.

INDIVIDUALMENTE - A entidade aprovou na semana passada que haveria greve a partir de ontem, para pressionar individualmente as empresas do segmento (de autopeças, forjaria, fundição, eletroeletrônicos, máquinas e outras) a conceder 8% de reajuste salarial. Isso após o fracasso na negociação entre a FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores no Estado de São Paulo) e as bancadas patronais, que ofereceram apenas o índice da inflação, de 6,35%, pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), para a data-base, que é 1º de setembro.

Segundo Wagnão, entre as empresas que ainda não ofereceram o aumento, há mais resistência por parte das que integram o grupo 2 (máquinas e equipamentos). “Isso apesar de essas empresas estarem em melhor situação que as do setor automobilístico. Muitas ainda atendem pedidos firmados no ano passado”, diz.
 




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