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Focus reduz alta do PIB pela 19ª semana seguida

Ibovespa indica qual é a visão do mercado financeiro em relação ao segundo turno da eleição

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
07/10/2014 | 07:24
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O mercado financeiro reduziu pela 19ª semana seguida a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para 2014, e deixou claro qual é sua opinião sobre o segundo turno da eleição presidencial, ao demonstrar simpatia pelo PSDB, por meio da Bolsa de Valores de São Paulo.

Segundo o boletim Focus, do BC (Banco Central), a projeção mediana dos cerca de 100 especialistas consultados é de que a atividade econômica aumentará 0,24% neste ano, contra 0,29% na semana passada.

Em relação à produção industrial, o mercado acredita que haverá decréscimo de 2,14% na comparação com 2013, enquanto na semana passada, a previsão era de recuo de 1,95%.

Para o professor de Economia e coordenador do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo, Sandro Maskio, os economistas e analistas que contribuem com o Focus realizaram apenas ajustes de suas expectativas, tendo em vista que na semana passada não ocorreu nenhum fato que alterasse suas projeções.

Em relação ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), houve acréscimo de 0,01 ponto percentual, para 6,32% neste ano. A Selic permaneceu inalterada, com projeção de 11%.

ELEIÇÃO - O economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, destacou, por nota, que o Ibovespa, principal índice da BM&FBovespa (Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo), desempenhou alta expressiva, ontem, devido às chances de o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, terem aumentando com a ida ao segundo turno. Ele destacou, porém, que as bolsas internacionais também contribuíram para puxar para cima o indicador.

O Ibovespa encerrou o pregão de ontem em 4,72%, igual a 27 de julho de 2012, e registrou a maior alta desde 9 de agosto de 2011, quando a variação chegou a 5,10%. O destaque ficou por conta de duas das ações que mais têm peso para o índice, ambas da Petrobras, com 12,53% (PN) e 10,80% (ON). “Com o escândalo recente da empresa, as ações da Petrobras caíram. Hoje (ontem), o mercado financeiro deixou clara sua preferência. Isso porque a gestão da Petrobras está diretamente relacionada com o governo”, disse Maskio.

O especialista explicou que o mercado espera que a política econômica que o PSDB exerça no governo seja mais ortodoxa, o que seria positivo às empresas, com medidas como o ajuste fiscal e a tomada de medidas mais drásticas para o controle da inflação e a melhora da atividade econômica no médio e longo prazos.
 




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