Moradores e comerciantes da Vila Niwa, em Rio Grande da Serra, estão há um mês sem poder fazer ou receber qualquer tipo de ligação por meio de telefones fixos. De responsabilidade da empresa Telefônica Vivo, o serviço afetou também uma escola estadual, onde funcionários estão com dificuldade para contatar a Justiça Eleitoral para a instalação do sistema de votação no local.

Proprietário de dois mercados e um depósito de gás, o comerciante Cláudio Amaral, 37 anos, teme as consequências da falta do serviço. Somente neste mês, ele registra uma queda de 85% nas vendas em um dos estabelecimentos. De acordo com ele, o problema já se tornou algo frequente na vila. “Telefone não é mais um item de luxo, e sim uma necessidade. Além de não conseguir contato com meus fornecedores, nossos funcionários estão tendo que fazer limpeza no mercado para não ficarem sem ter o que fazer”, relata.

“Mesmo com protocolo, não conseguimos retorno deles (Telefônica Vivo). É um descaso total. Estamos na semana das eleições e não consigo contato com a Justiça Eleitoral, que precisa instalar o sistema de votação em nossa rede. Sem contar as crianças que chegam à escola doentes e não temos telefones para entrar em contato com os responsáveis”, indigna-se o vice-diretor da EE Professor Carlos Roberto Guariento, José Amaro da Silva Filho.

Já para a operadora de caixa Lourdes Aparecida, 54, a falta de comunicação tem mudado sua rotina. Sem ter com quem deixar sua mãe, de 84 anos, a moradora se vê na obrigação de deixar de lado seu horário de almoço para verificar a situação de sua familiar. “Antes ligava todos os dias para ver como ela estava, mas agora preciso me locomover até minha residência para ver se está tudo bem”, comenta Lourdes, que ainda destaca a dificuldade de entrar em contato com serviços básicos de atendimento.

Em resposta ao Diário, a Telefônica Vivo informou que enviará um técnico ao local para verificar os casos pontuais mencionados pela reportagem.