Removido de helicóptero para o Hospital das Clínicas, em São Paulo, Passos sofreu uma cirurgia e não corre risco de morte, segundo informações de sua mulher, Miriam da Silva Passos – que também estava no passeio com as três filhas do casal (de 15, 12 e 11 anos) e um sobrinho (de 15 anos). O outro ladrão fugiu sem ser reconhecido. O baleado não foi identificado.
Formado por crianças, adolescentes e adultos, o grupo de aventureiros veio de Pirituba (bairro da zona Oeste de São Paulo) para fazer a caminhada. Segundo Miriam, foi armada uma emboscada para eles. “Um dos ladrões veio pela frente e ficou a um metro de distância do meu marido, e o outro surgiu do mato. Foi quando anunciaram o assalto. Meu marido estava com a arma escondida, pediu calma e falou para o pessoal se abaixar. Nisso o assaltante falou para o José não se coçar (sacar a arma) e disparou o primeiro tiro. Aí começou uma troca de tiros e meu marido entrou no mato para se esconder. O medo dele era que fosse identificado como policial pelos bandidos”, disse Miriam, que faz trilhas há dez anos com a família pelo local e nunca foi vítima de violência.
De acordo com as testemunhas, o ladrão baleado morreu na hora e o outro continuou o assalto como se nada tivesse acontecido. “Ele disse que queria só dinheiro, fizemos um rateio. Depois, pegou arma e o capuz do comparsa e fugiu”, afirmou o técnico de máquinas Flávio Higino, 29, que passeava com a turma. “Foram levados entre R$ 200 e R$ 250. Cada vítima deu quanto tinha no bolso, de R$ 2 a R$ 50, no máximo”, afirmou o delegado do 1º DP de Santo André, Darci Freitas.
Além do policial militar, nenhum outro integrante do grupo ficou ferido. A intenção da turma que fazia a trilha na altura do km 45 da SP 122 era passar a tarde na cachoeira Poço das Moças. “Não conhecia a região e aqui eu não volto mais”, afirmou a estudante Juliana Frezza, 17 anos, uma das vítimas do assalto. De acordo com policiais militares que estavam no local da ocorrência, é comum acontecer assaltos na área, mas poucos são registrados.
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