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Eurico ameaça tirar estátua de Romário
Do Diário OnLine
12/02/2008 | 15:08
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O presidente do Vasco da Gama, Eurico Miranda, ameaçou tirar a estátua de Romário de São Januário nesta terça-feira caso o Baixinho acerte sua transferência para o Flamengo e encerre a carreira no maior rival de São Januário.

"Quem recebe uma homenagem assim é porque merece. Mas se de alguma forma a pessoa que recebeu denegriu essa homenagem, alguma coisa deve ser feita", explicou o dirigente.

O técnico-jogador Romário resolveu deixar o Vasco na semana passada quando Eurico exigiu que o ‘Baixinho’ escalasse o atacante Alan Kardec. Revoltado, Romário, que deixara o atleta na reserva, não aceitou a intromissão e abandonou a equipe minutos antes da partida.

Agora, ‘o somente atacante Romário’ anda conversando com os dirigentes do Flamengo para encerrar sua carreira no rubro-negro. O jogo de despedida aconteceria somente depois do dia 30 de março, data do término do contrato do jogador com o Vasco.

Casamento infeliz - O divórcio entre Romário e o Vasco da Gama não deve ser realizado na paz, pelo o contrário, a mágoa entre ambas as partes trouxe vinganças que mancham a carreira de um atacante vitorioso e do segundo maior clube do Rio de Janeiro.

Sempre regido por Eurico Miranda, o Vasco lançou Romário para o futebol na década de 80. O atacante foi embora para ganhar dinheiro, mas, em 1995, quando estava no auge da carreira, fez juras de amor ao Flamengo, eterno rival da equipe de São Januário.

Quatro anos mais tarde, o Vasco perdoou Romário pelas atitudes do passado e reatou o casamento. Reconciliados, os dois conquistaram o Campeonato Brasileiro e a Copa Mercosul. O Baixinho voltou à Seleção e apenas não jogou a Copa do Mundo de 2002 porque se desentendeu com o então técnico Luiz Felipe Scolari.

Romário se separou novamente, mas viu que o casamento com o Vasco era a melhor forma de ter todas suas mordomias. Voltou com o planejamento dos 1.000 gols, o que conseguiu no ano passado, apesar de prejudicar a equipe de São Januário no campeonato carioca e Copa do Brasil. Na época, Eurico exigiu que o atacante fosse escalado nas partidas, mesmo jogando abaixo da expectativa.

A perda dos títulos era o que menos importava para Eurico e Romário ganhou uma estátua em São Januário - uma homenagem do dirigente (o eterno ídolo da torcida vascaína, Roberto Dinamite, nem pode entrar em São Januário, por causa de brigas com o próprio presidente).

Com tanta autoridade no clube da Colina, o Baixinho virou técnico em 2008 – mesmo não gostando da idéia. Aliás, Romário chegou a esquecer da nova função e, em um treinamento, chegou atrasado ao clube.

Mas depois de tantos anos, Romário disse que Eurico não poderia se intrometer no trabalho do técnico e pediu o divórcio. Um final de casamento infeliz para ambas as partes.



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