Política Titulo Diadema
Mário Reali revê medidas impopulares em Diadema

Bolsa aluguel e gratuidade no transporte coletivo serão alteradas

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
14/12/2012 | 07:00
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O prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), reviu duas medidas adotadas em seu governo e que foram extremamente questionadas pela população durante o período eleitoral: o valor da bolsa aluguel e o corte salarial para beneficiários da gratuidade no transporte público.

A mudança no auxílio-moradia já foi aprovada pela Câmara. Passará de R$ 350 para R$ 500. Reali foi diversas vezes criticado por moradores pela quantia repassada pela Prefeitura. Muitos alegavam que o dinheiro não cobria despesas de pequenas residências. A justificativa dada pelo prefeito era a baixa capacidade de investimento do Paço.

Segundo a administração, a bolsa aluguel é custeada integralmente com verba do Tesouro municipal. São R$ 280 mil despendidos por mês a uma lista de 1.100 famílias. O deficit habitacional está estimado em 4.500 moradias. Dados do governo mostram que há 1.906 unidades em obras, cuja maioria deve ser entregue até o início do próximo ano.

A alteração da faixa salarial para gratuidade no transporte municipal está em fase de estudo pela gestão Reali. Atualmente a Prefeitura adota renda familiar de um salário-mínimo (R$ 622) como valor máximo para o benefício. Munícipes sem condições de bancar passagens nos ônibus reclamavam do pequeno valor como teto.

Essa mudança não será encaminhada para aprovação da Câmara até o fim do ano, mas o planejamento está desenhado para ser implementado no governo do prefeito eleito, Lauro Michels (PV). A intenção de Reali é estender para dois salários-mínimos (R$ 1.244) o limite para adesão.

 

PEDRAS NO SAPATO

O valor da bolsa aluguel e o teto salarial para beneficiários da gratuidade nos ônibus foram dois dos principais pontos que desgastaram a imagem de Reali durante a eleição. Mas a cúpula governista avaliou que o fechamento do pronto atendimento pediátrico na região do bairro Taboão, conhecido como hospital infantil.

A alegação da administração à época era que havia profissionais ociosos no local, já que a UBS (Unidade Básica de Saúde) do Jardim das Nações, que atende ao bairro, não dispunha de equipamentos necessários para cirurgia em crianças. O atendimento de pediatria ficou centralizado no Quarteirão da Saúde, no Centro, e no Hospital Municipal, no bairro Piraporinha.

Bastante criticado, Reali ampliou o horário de funcionamento do hospital infantil em outubro, após o primeiro turno do pleito. O prefeito disse, à ocasião, que era necessário fazer o debate, embora fosse contrário à reabertura do equipamento.




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