Política Titulo Arrecadação
PT ordenará 77% do
orçamento regional

Santo André, São Bernardo e Mauá projetam arrecadar
R$ 7,6 bilhões ano que vem; o total é de R$ 9,9 bilhões

Fábio Martins
do Diário do Grande ABC
02/12/2012 | 07:12
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Ao conquistar o poder das três maiores cidades do Grande ABC - Santo André, São Bernardo e Mauá -, o PT ordenará R$ 7,68 bilhões em 2013, o equivalente a 77,2% do montante da arrecadação prevista pelos sete municípios da região. Com quatro prefeituras nas mãos, PMDB, PSDB e PV administrarão R$ 2,2 bilhões, valor três vezes menor do que o dos petistas.

Na estimativa global, os prefeitos eleitos terão a responsabilidade de coordenar a destinação de R$ 9,9 bilhões. O número representa variação positiva de 10,5% se comparado com os orçamentos vigentes.

A quantia tem como base os orçamentos protocolados nas sete Câmaras. A aplicação de recursos, prioritariamente, contém direcionamento para a manutenção da Educação e da Saúde. Infraestrutura e Obras também contemplam fatias de destaque do bolo.

Em 2013, a cidade chefiada por Luiz Marinho (PT) mais uma vez puxará a fila de arrecadação, permanecendo na liderança do ranking. O prefeito de São Bernardo terá R$ 4,4 bilhões à sua disposição, prevendo R$ 767 milhões a mais do que o orçado para este ano - 20,7% de acréscimo.

O prefeito eleito de Santo André, Carlos Grana (PT), por sua vez, contará com R$ 2,4 bilhões, referente à peça encaminhada por Aidan Ravin (PTB). Apesar de superlativo, o valor regride em 9,4% (R$ 252 milhões a menos) com relação ao executado neste ano. A cidade é a única do Grande ABC a projetar retração.

Prefeito eleito em Mauá pelo PT, Donisete Braga ordenará R$ 794,2 milhões no primeiro ano de gestão, quantia 15,7% superior ao registrado em 2012, quando Oswaldo Dias (PT) atuou com previsão de R$ 686 milhões, mesmo com reclamações recorrentes de problemas financeiros.

Em Diadema, onde os petistas sofreram derrota histórica, o futuro mandatário do Paço, Lauro Michels (PV), trabalhará com estimativa de R$ 932,9 milhões, 10% a mais do que a importância em vigor administrada pelo prefeito Mário Reali (PT).

São Caetano pela primeira vez chega à casa de R$ 1 bilhão. Paulo Pinheiro (PMDB) vai gerenciar orçamento com acréscimo de R$ 141 milhões se comparado a 2012.

Ribeirão Pires, que será dirigida por Saulo Benevides (PMDB), possui programação de R$ 240 milhões, enquanto que Rio Grande da Serra prevê R$ 60 milhões, com crescimento de 5% planejado ao governo de continuidade de Gabriel Maranhão (PSDB).

A efeito de comparação, a quantia nas mãos do tucano é inferior ao custo da Câmara de São Bernardo para 2013, orçado em R$ 69 milhões. Essa diferença de valores para gerir poderes de complexidade distintas permite ao presidente do Legislativo são-bernardense, Hiroyuki Minami (PSDB), cometer extravagâncias na execução da peça orçamentária, como adquirir painel eletrônico de votação parlamentar por R$ 600 mil e fazer reforma do prédio por nada módicos R$ 28,4 milhões.

 

Per capita média do Grande ABC é de R$ 3.900

A média do orçamento per capita do Grande ABC está estabelecida em R$ 3.900 para 2013. O valor é superior à estimativa da Capital, de R$ 3.722. São Caetano e São Bernardo se sobressaem, com R$ 6.934 e R$ 5.835.

Na evolução, São Bernardo tem maior destaque, crescendo R$ 1.002. Com R$ 5.988 registrados neste ano, São Caetano contém acréscimo de R$ 945. A quantia dos dois municípios supera a das outras cinco cidades da região que, em hipotética união, chegariam à marca de R$ 11,3 mil, ante R$ 12,7 mil da dupla.

Contra a maré, a retração de Santo André constitui decréscimo de R$ 372, frente ao global de R$ 3.579 per capita. Em 2012, o valor por munícipe é R$ 3.951.

Diadema, Mauá e Ribeirão Pires possuem variação do orçamento per capita semelhante. As três projetam aumento de R$ 237 a R$ 259. A cidade capitaneada por Mário Reali (PT) conta com R$ 2.416, enquanto a de Oswaldo Dias R$ 1.904. Clóvis Volpi (PV) deixa R$ 2.122 na estância turística.

Por fim, Rio Grande da Serra sustenta R$ 1.364.




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