Economia Titulo Expectativa
Dia dos Pais vai movimentar R$ 55 mi
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
01/08/2012 | 07:21
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Andréa Iseki/DGABC


Os gastos dos moradores do Grande ABC com presentes de Dia dos Pais, no dia 12, vão atingir cerca de R$ 55 milhões. O montante é quase metade do potencial de consumo para o Dia das Mães, estimado em torno de R$ 100 milhões neste ano. A preferência é maior para os produtos dos segmentos de vestuário e calçados, que devem movimentar R$ 24,2 milhões, fatia de 44% da expectativa total. O gasto médio por item será de R$ 144 e o total das compras chegará a R$ 176. Quanto maior a renda familiar, mais amplo o valor estimado para a compra. Os cartões de crédito e de débito são os meios de pagamento preferidos.

As informações foram divulgadas ontem pelo Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo em parceria com as associações comercias da região, pela PIC (Pesquisa de Intenção de Compra) Dia dos Pais de 2012.

Segundo o coordenador do estudo, o professor de Economia Sandro Maskio, não é possível qualificar o resultado por meio de variação em relação ao ano passado porque esse é o primeiro estudo relacionado à data comemorativa.

Segundo o levantamento, os pais foram apontados por 65% dos entrevistados como pessoa a ser presenteada na data. Na sequência apareceram, os maridos (12,3%), sogros (7,2%) e avôs (6,2%). Os irmãos, filhos, tios, padrinhos e amigos foram lembrados, cada um, por menos de 5% da população da região.

Depois de vestuários e calçados, que lideram as intenções de compra, aparecem perfumes e cosméticos, com 11,7% de participação, o equivalente R$ 6,4 milhões de gastos. Na sequência estão os relógios e as jóias, com 6,3% da previsão, os artigos esportivos, com 5,7% e as ferramentas, com 4,2%.

Diferentemente do que as grandes redes varejistas esperam, conforme divulgou o Diário, as vendas de eletroeletrônicos não serão o destaque no Grande ABC. A pesquisa aponta que 2,6% das respostas mostram intenção de compra celulares, 1,6% para computadores, notebooks, tablets e acessórios relacionados a esses produtos, e 0,8% para equipamentos de som e imagem.

"Não apostaria nesse tipo de presente. Isso porque, além de demandarem conhecimento para o manuseio e renda (alta) para a compra, as famílias estão endividadas para gastarem com eletroeletrônicos (por meio de crédito)", avaliou Maskio.

A maioria das aquisições será feita em shoppings, já que o setor teve 53% das intenções. "Isso coincide com o que foi apresentado nas pesquisas anteriores (como Natal, Dia das Mães e Dia dos Namorados). Os shoppings atraem mais por causa da diversidade de produtos, o conforto que oferece aos clientes e a segurança", explicou o professor da Metodista.

Procurar os presentes no comércio dos centros das cidades é o objetivo de 29% dos consumidores do Grande ABC. E outros 7,8% afirmaram que pretendem buscar os mimos para os pais em comércios de bairro.

Maskio chamou atenção para a intenção apresentada para compras na internet, de 7%.

São Bernardo e Santo André são preferidos pelos consumidores para adquirir os presentes para os pais. As cidades têm, respectivamente, a preferência de 32% e 26% dos entrevistados. Mauá está na terceira posição, com 20%; Diadema em quarto lugar, com 10%; e na quinta colocação, nada bom para os comerciantes locais, aparece a Capital, com 4,6% da preferência.

 

Baixa renda está mais preocupada com meio ambiente

Entre os fatores determinantes para a escolha dos presentes estão, prioritariamente, a qualidade do produto, o desejo do presenteado e os descontos e promoções. Quanto maior a renda dos consumidores, essas características ganham mais relevância.

Por outro lado, a pesquisa da Universidade Metodista de São Paulo revela que a última premissa observada na hora de comprar é a característica ecológica do item. E as famílias com renda de até um salário-mínimo (R$ 622) são as que mais se preocupam com a preservação ambiental. "A medida que a renda mensal aumenta, menor é a relevância da característica ambiental do produto com determinante para a compra", destacou o professor Sandro Maskio, coordeador do estudo.

A pesquisa contou com 441 entrevistados nas sete cidades, sendo que 63% estão empregados e com carteira assinada. A margem de erro é de 4,5%. As respostas foram coletadas entre os dias 10 e 19 de julho.

 

Ferramentas têm preferência na hora de comprar para o avô

Os vestuários dominam a preferência dos consumidores na hora de presentear os pais. Mas quando o destino é um mimo ao avô, os moradores da região apresentam as ferramentas como segunda maior intenção de compra, com custo médio por item de R$ 263,60. Em valor, só fica atrás do telefone celular, tendo em vista que a disposição média das sete cidades é de desembolsar R$ 600 com esse aparelho ao avô.

Para os pais, os computadores e afins serão os itens mais caros que os filhos vão comprar, com intenção média de R$ 842.

A mesma categoria é citada pelas mulheres quando responderam que vão presentear os maridos. Mas o preço médio será de R$ 1.500. Em seguida aparecem os itens de som e imagem, com R$ 1.050.

No caso dos sogros, as viagens são o destaque de valor, com média de R$ 500.

 




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