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Quarta Copa do Brasil reafirma fama campeã de Felipão
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12/07/2012 | 00:05
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Não foi à toa que Luiz Felipe Scolari recebeu o apelido de "Rei de Copas". O treinador, líder nato e mestre na arte de ser ao mesmo tempo o chefe de ordens incontestáveis e o paizão de uma grande família, reencontrou o caminho das glórias nesta quarta-feira, quando terminou de levar o Palmeiras ao título da Copa do Brasil.

Esta é a quarta vez que Felipão conquista a competição, isolando-se ainda mais como maior campeão da Copa do Brasil, segundo torneio nacional em importância. De quebra, ainda cala aqueles que insistem em criticar o seu trabalho, que não rendia títulos desde sua maior glória, a Copa do Mundo de 2002 - no período, apenas um título no Usbequistão.

O reencontro com o grito de campeão vem exatamente no torneio que sempre serviu como cartão de visitas do seu trabalho. A primeira conquista, em 1991, pelo humilde Criciúma, mostrou aos gigantes do futebol brasileiro que ele, Felipão, estava pronto para grandes desafios. Era um técnico maduro. Três anos depois, em 1994, o triunfo na Copa do Brasil recolocou o Grêmio no cenário internacional, alcançando o título da Copa Libertadores no ano seguinte.

Idolatrado no Sul, Felipão topou o desafio de se arriscar em São Paulo e, com o título da Copa do Brasil de 1998, com o Palmeiras, mostrou que era ele o melhor treinador do Brasil no momento. Tanto que chegou à seleção brasileira e a levou ao pentacampeonato mundial, em 2002, sendo a estrela da campanha.

Depois de quase uma década sem treinar clubes brasileiros, o treinador voltou ao Palmeiras como ídolo, após a Copa de 2010. Tinha a confiança de jogadores, torcida e dirigentes. Mas a falta de resultados fez Felipão entrar em conflito com boa parte daqueles que antes o apoiavam.

A alta multa rescisória, porém, não permitia nem que Felipão pedisse demissão, nem que a diretoria tomasse essa atitude. E o treinador foi ficando e, ao seu estilo, reconquistando jogadores, torcedores e até os dirigentes. Com um grupo relativamente barato e sem muitas peças de reposição, ele deu um voto de confiança para o seu elenco e acabou recompensado. Apesar dos problemas de lesão, o torcedor sabe de cor o time titular.

Com contrato apenas até o fim do ano, o treinador volta a ter o seu passe valorizado depois do seu quarto título de Copa do Brasil. O Palmeiras, classificado à Libertadores, quer que ele continue para buscar o bicampeonato continental para o clube e o tri para Felipão. Outros clubes também deverão aproveitar para apresentar propostas. Quem ficar com Scolari já sabe que tem boas chances de conquistar uma Copa no ano que vem.




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