Segundo ele, o papel do Ministério é apoiar os setores da economia com os instrumentos existentes. "O Brasil não pode fechar a economia, temos que fazer defesa e não proteção. Sempre que notarmos que há distorção grande e espúria na competição, o governo tem que agir através de seus instrumentos", disse. "Não se pode confundir defesa da indústria com proteção. Precisamos avançar na política industrial", enfatizou.
O secretário executivo lembrou que o Brasil já negocia com os países do Mercosul uma lista com 200 produtos que terão elevação do Imposto de Importação. Segundo ele, esse é mais um mecanismo de defesa contra a crise. A secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, informou que na consulta pública sobre essa lista o Ministério recebeu cerca de 300 pleitos para compor o documento. Ela destacou também que essa elevação é temporária, até 2014, e deve entrar em vigor no segundo semestre.
Teixeira disse também que espera que o câmbio possa impactar positivamente algumas exportações de manufaturados nos próximos meses. No entanto, ponderou, não deve mudar a dinâmica e a tendência das exportações brasileiras. Ele destacou que o efeito do câmbio vai depender da recuperação das economias mundiais, caso contrário o impacto será neutro.
O secretário afirmou que a maior queixa dos empresários atualmente é a dificuldade de acesso a mercados por causa da baixa demanda. Ele disse que ainda assim a balança comercial terá superávit este ano, mas não quis arriscar uma estimativa. "Não consigo mensurar o tamanho do superávit. Não consigo ter uma previsibilidade clara do que vai acontecer em dois ou três meses. O mercado externo tem muita volatilidade", afirmou.
Sobre a Argentina, o secretário disse que o comércio bilateral deve melhorar este mês em função das negociações recentes para a retirada de barreiras, porém, avaliou que a desacelaração do comércio entre os dois países é efeito da crise internacional.
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