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Após 10 semanas, termina julgamento de Breivik
22/06/2012 | 11:18
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Após 10 semanas que mobilizaram a Noruega, terminou nesta sexta-feira o julgamento do assassino em massa Anders Behring Breivik. Os cinco juízes encarregados anunciarão o veredicto no dia 24 de agosto.

 

Como Breivik confessou ter matado 77 pessoas em ataques a tiros e bombas no dia 22 de julho do ano passado, a questão-chave é se ele será declarado insano. Se sim, ele não poderá ser sentenciado à prisão, mas será internado em um manicômio judicial, possivelmente pelo resto da vida.

 

O réu que ser declarado legalmente são. Mas suas últimas palavras perante os juízes podem não ajudar. Em sua declaração, Breivik criticou tudo que ele acha que está errado com o mundo, desde outras etnias representando a Noruega no concurso de músicas Eurovision até a liberdade sexual das personagens do seriado Sex and the City.

 

Apesar de alguns comentários terem causado risos no tribunal em Oslo, capital da Noruega, a atmosfera séria retornou quando ele reiterou os motivos do massacre. "A história mostra que você precisa cometer uma pequena barbaridade para impedir uma grande barbaridade", disse o norueguês de 33 anos. "Os ataques do dia 22 de julho foram preventivos, para defender a população nativa da Noruega."

 

Os advogados de defesa tentaram caracterizar Breivik como um militante político motivado por uma ideologia de extrema-direita. O réu afirma que agiu em defesa do país e que por isso as mortes foram justificadas.

 

Parentes de algumas vítimas foram ao tribunal fazer suas últimas declarações. Kirsti Loevlie, cuja filha de 30 anos, Hanne, foi morta no ataque a bomba, levou a audiência às lágrimas ao descreveu o choque de descobrir que sua filha foi assassinada. Breivik permaneceu impassível.

 

Os promotores pediram na quinta-feira uma decisão que declare o réu como insano, afirmando que as dúvidas sobre o estado mental de Breivik são suficientes para impossibilitar uma sentença de prisão.

 

Dois times de psiquiatras chegaram a conclusões opostas sobre a saúde mental do réu. A primeira equipe diagnosticou-o com "esquizofrenia paranoica". O segundo time declarou-o legalmente são, apesar de dizer que ele sofre de desordens de personalidade. As informações são da Associated Press.




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