O vice-prefeito de Diadema, Gilson Menezes (PSB), praticamente assegurou manutenção na chapa governista que tentará a reeleição, liderada pelo prefeito Mário Reali (PT). Ontem, em reunião pela manhã no Parque do Paço, o chefe de Gabinete, Osvaldo Misso (PT), comunicou ao presidente do PSB de Diadema, Manoel José da Silva, o Adelson, que Gilson será escolhido para a composição situacionista.

A postura petista foi dada após Adelson declarar publicamente que poderia abdicar sua intenção de ser vice de Reali em detrimento da continuidade de Gilson.

O encontro de ontem foi convocado pelo governo para que os socialistas indicassem se iriam entregar os cargos, como foi prometido por Adelson, atual secretário de Segurança Alimentar, em carta enviada ao prefeito durante discussões do conselho político com aliados. No documento, o mandatário socialista havia dado prazo até segunda-feira para o PT informar se continuaria debatendo a troca do vice (como queriam PMDB, PDT, PR, PPS e PCdoB) ou conservaria a dobrada com o PSB. Caso atendesse pedido dos demais partidos da coalizão, o PSB teria candidato próprio à Prefeitura

Ao lado do vereador Wagner Feitoza, o Vaguinho (PSB), Adelson recuou da pressão feita a Reali, mas ouviu de Misso que o governo não aceitaria outro nome socialista a não ser Gilson. No início do ano, o presidente do PSB se colocara na corrida pelo vice, alegando vontade da militância. Apesar da força interna, Adelson não conta com apoio da alta cúpula do Paço e nem com adesão das siglas que orbitam à gestão petista em Diadema.

Misso afirmou que a manutenção de Gilson está "muito bem encaminhada" e que faltam apenas detalhes para o anúncio da chapa. "Não está nada fechado ainda, mas é a vontade do Mário e do governo. O Gilson é o principal nome que vemos para a composição", discorreu.

Segundo o chefe de Gabinete, o governo ainda precisa encerrar as discussões no PT e com os demais aliados antes de bater o martelo por Gilson. Articuladores do prefeito precisarão solucionar impasses em setores do PT - principalmente da Articulação de Esquerda, da vereadora Irene dos Santos (PT) - e dos partidos governistas, que manifestam resistência à continuidade de Gilson.

Diferentemente do que declarou Misso, Adelson disse que o petista garantiu que a vice estará com o PSB, independentemente do nome socialista apresentado ao PT. "Na hora, ele (Misso) sequer falou de nomes. Eu o provoquei, falando sobre qual nome o PT gostaria. Ele falou que o governo gostaria do Gilson, mas que a discussão não estava fechada. Mas me pediu que eu articulasse o Gilson no PSB."

Adelson revelou que indicará o socialista à chapa de Reali até segunda-feira. "O prefeito não pode esperar mais."