Setecidades Titulo Saúde
Depois de três anos de espera,
morador de Mauá recebe AME

Projeto de 2008 será inaugurado no Centro; ambulatório terá
17 especialidades e será referência para os 517 mil habitantes

Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
21/12/2011 | 07:00
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Depois de três anos de maturação do projeto, hoje finalmente o Ambulatório Médico de Especialidades de Mauá será inaugurado, às 9h30, pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), na Rua Prefeito Américo Perrela, 171, região central da cidade. Também estarão presentes na solenidade o secretário estadual de Saúde, Giovanni Guido Cerri, e o prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT).

A unidade será referência para a população de 571 mil habitantes das cidades de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. O ambulatório entrou em funcionamento ontem, com três especialidades: cardiologia, dermatologia e nutrição. As outras 14 serão abertas gradativamente até o fim do primeiro semestre de 2012.

O objetivo do AME é agilizar a realização de exames, consultas médicas e pequenas cirurgias. Para ser atendido na unidade é preciso ter encaminhamento das unidades de Saúde. A dona de casa Marlene Andreoli, 59 anos, foi uma das primeiras a serem atendidas, ontem à tarde. Ela marcou a consulta no dia 24 no cardiologista e, pelo menos inicialmente, elogiou o serviço. "Foi rápido e fui bem atendida pelo médico. Espero que continue assim e que agora os exames não demorem tanto para ficar prontos", observou.

A reclamação da usuária tem fundamento. De acordo com a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB), que deu pontapé inicial ao projeto em 2008 e intermediou as reuniões com o Estado, a fila de espera para realização de alguns exames na cidade chega a até um ano. "Hoje o resultado sai em tempo recorde. Quando o diagnóstico é feito rapidamente há condição de o paciente fazer tratamento rápido e evitar o agravamento da doença. O AME é uma vitória da população de Mauá", disse.

A administração do AME está a cargo da Fundação ABC, assim como ocorre em Santo André, onde funciona o primeiro ambulatório entregue pelo Estado, conhecido como Poupatempo da Saúde. O presidente da entidade, Wagner Boratto, estima que todas as especialidades estejam atendendo em até oito meses em Mauá e comemora mais uma inauguração. "A gerência dos AMEs é muito importante para a Fundação, pois solidifica nosso nome no Grande ABC."

O repasse do Estado para manutenção da unidade será de R$ 500 mil mensais. O investimento para a implementação foi de R$ 7,4 milhões, sendo que R$ 4 milhões foram bancados pela Prefeitura na reforma e adequação do prédio.

Quando operar em plena capacidade, o AME poderá realizar anualmente até 122 mil consultas médicas, 306 mil exames e atender por dia cerca de 500 pacientes.

Entre as especialidades que estarão disponíveis futuramente estão endocrinologia, nefrologia, urologia, acupuntura, alergologia e reumatologia, entre outras.

Paciente é carregado por falta de equipamento

O Ambulatório Médico de Especialidades de Mauá só será inaugurado oficialmente hoje, mas ontem foram feitos os primeiros atendimentos. E a equipe do Diário flagrou uma falha: um paciente idoso e impossibilitado de andar teve de ser carregado por falta de cadeira de rodas.

Ao acompanhante, um dos encarregados do ambulatório pediu desculpas e disse que o equipamento ainda não estava disponível na unidade, mas que seria providenciado.

O usuário foi removido do carro em que chegou, foi colocado em uma cadeira simples e levado para passar por consulta. As especialidades que abriram atendimento foram cardiologia, dermatologia e nutrição. No entanto, não houve grande movimentação.

SANTO ANDRÉ

O primeiro AME da região, em Santo André, completou um ano de funcionamento em outubro. Conhecido como Poupatempo da Saúde, o equipamento atende pacientes em 28 especialidades. Devido ao número maior de áreas atendidas, o repasse mensal do Estado é o dobro do que será enviado a Mauá: R$ 1 milhão.
Por lá, são feitos cerca de 17 mil atendimentos por mês. Há dois meses a unidade inaugurou o centro cirúrgico para procedimentos de baixa e média complexidades. A meta é alcançar 7.200 cirurgias por ano.

O trâmite é o mesmo para ser atendido no Poupatempo. É preciso ter encaminhamento de uma das 33 Unidades Básicas de Saúde da cidade. A média de tempo entre o encaminhamento e a consulta é de 15 a 30 dias. Na época, a instalação do ambulatório custou cerca de R$ 16 milhões ao Estado.

Hoje, entre as especialidades mais procuradas estão otorrinolaringologia, vascular, dermatologia, urologia e oftalmologia.




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