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Apenas 14% dos motoboys são formais
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
27/07/2011 | 07:30
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Ricardo Trida/DGABC


Enquanto os motoboys aguardam regulamentação da profissão pelas prefeituras da região, apenas 6.000 trabalhadores do contingente de 45 mil têm carteira assinada, número equivalente a 14% da mão de obra. A categoria, que comemora hoje o Dia do Motociclista, tem salário médio de R$ 840,24.

A expectativa é que a partir do dia 2, quando entrará em vigor no País a Resolução 356 do Conselho Nacional de Trânsito, que regulamenta questões de segurança para motoboys e mototaxistas, o setor seja mais valorizado pela sociedade, estima o presidente da Associação Brasileira dos Motociclistas, Lucas Pimentel.

Conforme as novas regras, para atuar na área será preciso que o interessado tenha no mínimo 21 anos e dois anos de habilitação. Porém, para que elas sejam válidas nas cidades, cada prefeitura terá de regulamentá-las. "Um ponto polêmico é que o motofretista não poderá transportar pessoas, assim como não será permitido ao mototaxista carregar volumes no veículo", detalha.

Para o diretor do Sindicato dos Motoboys do Grande ABC, Milton Oliveira, a categoria espera medida das prefeituras para que sejam criadas legislações municipais que regulamentem a atividade. "Apenas Diadema tem aprovado na Câmara projeto de lei sobre o assunto, que espera sanção do prefeito", pondera o sindicalista.

De acordo com o Consórcio Intermunicipal Grande ABC, o grupo de trabalho mobilidade preparou proposta de projeto de lei para a regulamentação. A partir dela, cada município ficou responsável por realizar as adequações pertinentes e enviá-la à Câmara.

O diretor do Sindimoto ABC diz que após as prefeituras regulamentarem a atividade, os profissionais deverão fazer capacitações de 60 horas antes de começar a circular, sendo metade dessas aulas prática e outra teórica. Até o fechamento desta edição, o sindicato não havia programado nenhuma ação para comemorar o Dia do Motociclista.

PAÍS - Dados da Abram apontam que o País tem 3 milhões de motociclistas profissionais em atuação tanto na formalidade quanto na informalidade. No Estado de São Paulo são 600 mil, sendo que a Capital tem 250 mil, em média. O presidente da entidade estima que a atividade movimente por mês R$ 7,5 bilhões no País, visto que cada profissional responde por cerca de R$ 2.500.

 

Frota nacional de motos cresce 537% em 13 anos

O mercado de duas rodas no País está em forte ritmo de crescimento nos últimos 13 anos. Dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas mostram que em 1998 estavam em circulação 2,7 milhões de unidades e, em maio, alcançou marca de 17,2 milhões, avanço de 537%.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Motociclistas - fundada em Santo André em 1997 -, Lucas Pimentel, as motos representam 25% da frota nacional de veículos em circulação no País.

ACIDENTES - Pimentel destaca que o número de ocorrências envolvendo motociclistas no País foi cerca de 160 mil no ano passado, sendo que 10 mil delas resultaram na morte do condutor do veículo. Apenas no Estado de São Paulo, foram 45 mil ocorrências. Por meio de ações de conscientização da categoria, a entidade espera reduzir esse número neste ano em pelo menos 10%.




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