O PIB paulista tem projeção máxima de 2,3% e mínima de 1,5% para 2024, segundo divulgou a Fundação Seade nesta semana. De acordo com boletim da entidade, para 2024 o PIB do Estado de São Paulo tem projeções média de 2,0%. Em relação ao conjunto da economia brasileira, as projeções são de mínima de 1,3%, média de 2,3% e máxima de 2,5%.

Consumo doméstico em alta

Neste ano, o perfil de crescimento da economia brasileira e paulista deve ser, conforme aponta o estudo, mais concentrado na recuperação do investimento privado e do consumo doméstico – e menos influenciado pela indústria extrativa mineral e pela agropecuária, como ocorreu em 2023 – e isso deve favorecer a economia paulista. A apuração do Seade pontua, em contraponto, fragilidade na atual melhora da atividade industrial e desaceleração no ritmo de expansão dos serviços, fatores que poderão impor restrições ao resultado do PIB no final do ano. Apenas o comércio varejista demonstra melhor ritmo de desempenho, de acordo com o levantamento.

Varejo mantém crescimento

Complementam o quadro, entre outros dados, a manutenção do crescimento do varejo paulista e a criação de postos de trabalho formais com recomposição salarial. O salário mínimo foi reajustado em 7,7%, acima da inflação. As informações das pesquisas mensais do IBGE e sobre o mercado de trabalho observam como tendências no início do ano o aumento das vendas do varejo ampliado no Estado de São Paulo e indicadores da indústria de transformação: o setor, que havia ganhado impulso no quarto trimestre de 2023 (2,3% em relação ao terceiro trimestre de 2023) em um contexto de redução dos estoques, mostrou perdas em janeiro (-0,4%) e fevereiro (-1,3%) em relação ao mês imediatamente anterior, segundo dados da PIM-PF (IBGE).

Cenário internacional influencia

Outros fatores que também podem influenciar a projeção para o PIB paulista em 2024 são as incertezas geopolíticas e financeiras no cenário internacional, como os conflitos no Oriente Médio (entre o Hamas e Israel) e na Europa Oriental (entre Rússia e Ucrânia); a resiliência da economia americana, num contexto de inflação ainda elevada, com aumento da possibilidade de os juros nos EUA seguirem altos por um maior período, entre outras variáveis.

Vem aí o parque aquático de Sorocaba

O Estado de São Paulo ganhará um novo parque aquático em 2025. Com investimento de R$ 170 milhões e a geração de até 600 empregos, o Acqua Thermas Park será construído em Sorocaba, a cerca de 90 quilômetros da capital. O Grupo Thermas, responsável pelo projeto, informa que o parque ocupará uma área de 120 mil m², terá água quente em todos os ambientes e contará com o maior toboágua do mundo, de 60 metros de altura – o equivalente a um prédio de 21 andares –, além de uma praia artificial de 3 mil m².

Perfil

A expectativa é de que o Acqua Thermas Park receba até 150 mil visitantes por mês. Ele contará com 1,2 mil vagas de estacionamento e terá acesso pelas rodovias Raposo Tavares e Castello Branco, o que deve atrair, também, moradores da Grande São Paulo, especialmente, além do Interior Paulista. Serão pelo menos 10 toboáguas, espaço kids, bar molhado, piscina de ondas, ofurôs e estrutura para esportes radicais, entre outras atrações. Será o maior dos dois parques aquáticos do Grupo Thermas no Estado de São Paulo. O outro, o Sunset Thermas Park, funciona desde 2017 na Estância Turística de Paranapanema, no Km 266 da Rodovia Raposo Tavares.

Frase

“Ao olhar o turismo como negócio, se abre um campo enorme para o desenvolvimento regional e a atração de novos investimentos”, afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Jorge Lima.

Frase (2)

“O parque deve movimentar hotéis, restaurantes e todo o comércio da região, com impacto direto na economia local. Por isso, temos nos esforçado não apenas para apoiar as empresas que querem investir no Estado, mas, também, as prefeituras, para que explorem melhor o potencial turístico das cidades”, diz o presidente da InvestSP, Rui Gomes.

Tendências demográficas na capital

Barra Funda, Marsilac, Vila Andrade e Brás são os distritos que mais cresceram de população na capital paulista, de acordo com pesquisa da Fundação Seade, com base nos resultados do Censo Demográfico de 2022. O estudo analisou as taxas anuais de crescimento da população no território paulistano, entre os anos de 2010 e 2022, indicando que os distritos com decréscimo populacional estão situados mais no centro expandido, nas regiões norte e leste da capital, ao passo que os maiores valores se encontram principalmente ao sul e extremo oeste. Esse novo padrão difere do observado no período entre os anos de 2000 e 2010, quando as maiores taxas ocorreram no centro, com expansão para as áreas periféricas. Nesse período, o ritmo anual de crescimento superou 2% em dez distritos, com destaque para Vila Andrade e Anhanguera (ambos com 5,6%).

Esta coluna é publicada pela Associação Paulista de Portais e Jornais e pode ser lida também no site www.apj.inf.br Publicação simultânea nos jornais da Rede Paulista de Jornais, formada por este jornal e outros 15 líderes de circulação no Estado de São Paulo.