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Sexta-Feira, 17 de Maio de 2024

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Joca e a Gol
Em debate sobre transporte animal aéreo, especialista da região dá dicas

Caso do golden retriever Joca acendeu debate por todo o País; regras e obrigatoriedades podem sofrer alterações

Da Redação
02/05/2024 | 19:00
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Caso Joca chocou o País (FOTO: Reprodução/X)


O Brasil todo assistiu há alguns dias a história de dor do tutor João Fantazzini e seu golden retriever Joca, que morreu por série de erros de uma companhia aérea, ao ser enviado ao destino errado sem os devidos cuidados. A situação - que causou até comentários do presidente da República - reacendeu o debate sobre o transporte de pets convencionais e não convencionais nos aviões, gerou discussão sobre as regras e chamou atenção para os cuidados necessários durante o planejamento da viagem. Dicas e sugestões foram apresentadas por veterinária de São Bernardo ao Diário

"Quando a gente fala em viagem aérea, para nós é muito prazeroso, mas para nossos pets isso pode se tornar um estresse. Então podemos tomar algumas medidas para prevenir isso. Antes da viagem é importante que o animal passe em uma avaliação médica veterinária clinicamente, que seja garantida a saúde, realizados exames complementares, como de sangue e cardiológicos, para garantir que está tudo bem com ele", explicou Juliana Aguiar, médica veterinária e coordenadora técnica do Dr. Hato Hospital Veterinário e Pet Shop.

Levar um pet para outra cidade, estado ou país é um ato legítimo de quem quer ter ao lado o melhor amigo, seja onde for. Por outro lado, exige que o tutor realize uma preparação minuciosa que demanda conhecer as regulamentações e, principalmente, ter a certeza sobre as condições de saúde do animal. 

No caso de Joca, João havia realizado este trabalho preventivo, que é fundamental para a saúde do pet - e inclusive é exigido apresentar um atestado ou laudo no momento do embarque. Por outro lado, problemas logísticos da companhia aérea fizeram com que o cão não resistisse às condições adversas.

"Não compactuamos com esse tipo de viagem em que o animal vai em caixa de transporte no bagageiro. O ideal é que este animal vá à cabine de voo, junto do tutor, o que só é possível hoje mediante ação judicial. Queremos que isso se torne cada vez mais viável e que o animal possa viajar ao lado da gente, tornando esse momento muito agradável, afinal os pets não são cargas, muito pelo contrário: são integrantes da família, companheiros que estão com a gente em todos os momentos, e queremos que estejam cada vez mais", opinou a médica veterinária.

Para aprimorar as regras sobre transporte aéreo de animais, está aberta na ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) uma consulta pública sobre o transporte de animais - disponível no site www.gov.br/anac - até 14 de maio. O objetivo é atualizar e modificar a Portaria n° 12.307, de 25 de agosto de 2023, que aborda o tema. Também serão recebidas sugestões das companhias aéreas e integrantes do setor.

A própria médica veterinária Juliana Aguiar, aliás, contribuiu com sua sugestão. "Quando a gente fala em companhia aérea, seria fundamental ter uma equipe médica veterinária contratada responsável e que supervisione o animal antes da viagem, durante o voo e após o desembarque; e se puder evitar voos muito longos, seria muito importante, ou optar por voos internacionais em que possa se fazer uma escala para que o animal possa ficar solto em ambiente fechado, saindo um pouco da caixa de transporte, deixando a viagem mais prazerosa para ele também", finalizou Juliana Aguiar.




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