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Sexta-Feira, 17 de Maio de 2024

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Centro de Gerenciamento de Emergências
S.Caetano vai gastar R$ 29 mi para mudar CGE de endereço

Gestão Auricchio vai tirar a sede do bairro Cêramica e levar para o Barcelona menos de quatro anos após reformar e equipar espaço atual

Wilson Guardia
29/04/2024 | 21:46
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FOTO: Reprodução


O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), menos de quatro anos após entregar a sede do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) no bairro Cerâmica dentro do programa Segurança 360º e investir R$ 15,6 milhões em equipamentos, vai mudar a sede do serviço para outro bairro e terceirizar a operação.

Edital publicado nesta segunda-feira (29) no Diário Oficial prevê que a administração municipal empenhe R$ 29,5 milhões para implantação do CPD (Centro de Processamento de Dados), de salas de operação e de gerenciamento de crise e passe a operar o sistema de videomonitoramento.

Um galpão na esquina da Rua Conselheiro Lafayette com a Avenida Goiás, no bairro Barcelona, está no radar da Prefeitura para abrigar a nova estrutura que terá redução no número de membros da equipe.

Na inauguração do CGE, em agosto de 2020, a gestão Auricchio, por meio de comunicação oficial, garantia que 12 baias, com um operador em cada, em turnos divididos nas 24h, acompanhariam as imagens geradas por 352 câmeras. Entre os profissionais, policiais militares, GCMs (Guardas Civis Municipais), agentes de trânsito e da Defesa Civil. 

Documentos nos quais o Diário teve acesso, porém, revelam que, com a readequação, haverá terceirização de postos de trabalho. O número de posições para operadores do sistema será reduzido para oito com o apoio de outros dois supervisores por turno.

Empresa autorizada a executar os serviços, a Net Telecom Informática Ltda, foi fundada em 2001, e está instalada em São Bernardo.

Fontes ligadas ao gabinete do prefeito Auricchio destacam que a atual sede do CGE, no Cerâmica, não oferece estrutura adequada de trabalho aos funcionários que ficam em uma sala apertada. Estas pessoas sinalizam falta de planejamento na concepção do projeto.

O vereador de oposição, Edison Parra (Podemos) critica a forma com que o CGE foi criado e o alto valor despendido na época. Segundo o parlamentar, naquela ocasião, o governo já falava em um equipamento “ultra moderno e que serviria para garantir a segurança da cidade no futuro”. 

Para o vereador, Auricchio e a equipe de governo são inimigos do roteiro. “Faltou planejamento, capacidade de gestão e visão de futuro”, disparou ao avaliar que “uma boa gestão teria feito este projeto em um espaço que permitisse a ampliação do quadro de funcionários e da estrutura tecnológica”.

Por fim, Parra se mostra temeroso com a terceirização. “Segurança é um assunto sério e precisa ser tratado por profissionais”, ao defender a operação por GCMs e policiais militares.

Procurada, a gestão do prefeito Auricchio não se manifestou até o fechamento desta edição.




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