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Terça-Feira, 14 de Maio de 2024

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Falhas no atendimento
Pacientes se queixam de lotação no Quarteirão da Saúde de Diadema

Turno pediátrico à noite teve pausas constantes e só um médico

Lays Bento
28/04/2024 | 20:04
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FOTO: Arquivo pessoal


A sala de espera do Quarteirão da Saúde de Diadema estava cheia na noite de sábado (27), mostra vídeo encaminhado ao Diário. Na ala infantil apenas um médico respondia pelos atendimentos, o que gerou demora e reclamação. Cansadas de esperar, as pessoas que estavam com crianças doentes reclamaram e ameaçaram chamar a polícia. 

A mãe da Manuella, 9 anos, Aline Barbosa chegou para triagem às 18h e, pela troca de plantão médico, aguardou até as 20h. “Com criança vomitando, com febre de 40 graus, começamos a questionar. Foi quando pais deram uma volta na ala e viram só um médico. Todos ficaram nervosos e ameaçaram chamar a polícia. Já o pediatra disse que estava sozinho e não atenderia enquanto os outros (médicos) não chegassem”, relata.

Aline acabou indo para casa sem que a filha fosse atendida. “Estava cheio. Ele (médico) atendia uma criança e parava meia hora. Tive que passar na farmácia e tratar a dor de garganta da Manuella em casa”, contou.

Isnadia Silva, mãe da Valentina, 2, deu entrada às 14h30 e saiu do hospital às 23h. “Depois de quatro horas aguardando o resultado do exame de sangue, quando questionávamos a gerência sobre a demora, a resposta era que o médico estava tomando café, que atenderia quando pudesse”, relata. 

Diagnosticada desde os primeiros meses com dermatite atópica (doença que causa coceira e erupções na pele), no aguardo do atendimento de uma das crises, Valentina ficou exposta ao calor do ambiente e sem tomar o banho diário recomendado por especialistas anteriormente. “Ela tinha sangue pela cabeça, mas o médico disse para continuar com os remédios e indicou uma injeção. Ao chegar em casa, cortei o cabelo dela, porque ninguém dá assistência, mesmo sendo um problema crônico. E eu me pergunto o que aconteceu, porque o primeiro médico que passamos no Quarteirão era gentil, mas este não examinou ela e mexia no WhatsApp pessoal durante a consulta”, desabafa.

Em nota, a Prefeitura destacou que a demanda por atendimentos no município aumentou em 80% também pela epidemia de dengue. Neste cenário, o comunicado reitera que a contratação de mais médicos para serviços de urgência já foi solicitada.




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