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Dia Nacional da Mulher
Mulheres têm crises mais severas de enxaqueca; entenda por quê

A doença é complexa, de causa hereditária e não tem cura; especialista dá dicas para aumentar qualidade de vida ao controlar sintomas

Da Redação
30/04/2024 | 08:00
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FOTO: Pexels


A enxaqueca não é uma doença exclusiva das mulheres, mas são elas que mais sofrem. A explicação defendida por especialistas é de que isso acontece por questões hormonais: são elas que apresentam estrogênio em grande quantidade, um facilitador das dores no sintoma dor de cabeça.

No Dia Nacional da Mulher, ao que explica a neurologista Thaís Villa, a doença pode ainda ser caracterizada pela hiperexcitabilidade do cérebro que entra em sofrimento a cada crise de enxaqueca. A causa é hereditária, ou seja, a pessoa nasce com a tendência a ter enxaqueca. E se há uma faixa etária em que as mulheres apresentam crises mais intensas e debilitantes é justamente no período que vai da adolescência até os 50 anos de idade, quando elas estão expostas a níveis de estrogênio mais elevados.

Pois esse período de episódios mais intensos de enxaqueca coincide com a idade fértil da mulher e quando muitas fazem uso da pílula anticoncepcional como método contraceptivo, a maioria com hormônios combinados de estrogênio e progesterona, “uma uma verdadeira ‘bomba’ que aumenta o risco para AVC em 15 vezes”, alerta a neurologista baseada em estudos recentes e complementa: “o quadro pode piorar se a mulher tem enxaqueca com aura (um dos sintomas da doença, manifestada por alterações da visão), faz uso da pílula com hormônios combinados e ainda é fumante. Para elas, as chances de sofrer um AVC é 30 vezes superior”, alerta.

DEMANDA A UM NOVO NEGÓCIO

Com o objetivo de atender a tamanha procura, a médica inaugurou há quase 8 anos o Headache Center Brasil, uma clínica paulista de tratamento integrado voltada para pacientes de enxaqueca. Atualmente, são 20 profissionais de saúde com 10 especialidades empenhadas na causa. 

“Poucas sabem mas, além da consulta com o neurologista especialista, o acompanhamento com o ginecologista orienta a mulher a fazer uso do método contraceptivo mais seguro a fim de não agravar ainda mais os sintomas da enxaqueca ou trazer outras complicações, por exemplo. Deixar o vício do tabagismo também não é tarefa fácil, assim como a desintoxicação do organismo por longos períodos utilizando remédios por conta própria e até mesmo da cafeína, que proporcionam ao cérebro a sensação de alívio, mas não tratam a doença”, explica Thaís. 




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