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Sábado, 27 de Abril de 2024

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Incidente
Pais protestam contra vazamento de gás em escola de Diadema

Incidente aconteceu na manhã desta terça-feira, e alunos tiveram aula normal no período da tarde; grupo realizou ontem ato na Câmara

Thainá Lana
28/03/2024 | 07:01
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André Henriques/DGABC


 Pais de alunos da Emeb (Escola Municipal de Educação Básica) Professor Francisco Daniel Trivinho, na região central de Diadema, protestaram contra um vazamento de gás ocorrido na terça-feira (26) na unidade de ensino.

O grupo, com cerca de 15 pessoas, se reuniu na manhã de ontem na Câmara Municipal durante a sessão, e duas mães utilizaram a tribuna para falar sobre o episódio. Os responsáveis cobraram justificativas da Prefeitura em relação à segurança das crianças devido ao incidente, e também providências sobre a infraestrutura da escola infantil, como ventiladores quebrados e falta de papel higiênico. A demora na entrega do uniforme escolar também foi citada,

O vazamento de gás teria começado na segunda-feira à noite e foi identificado no início da manhã seguinte com a chegada dos primeiros funcionários à escola. Os pais que foram deixar as crianças na unidade de ensino teriam sido avisados por outras pessoas do forte cheiro e desistiram de deixar os pequenos. A Prefeitura contesta e diz que os alunos não foram aceitos na escola durante a entrada.

Já os estudantes que chegaram de transporte escolar entraram na escola e foram direcionados para quadra para aguardar a chegada dos pais - os familiares reclamam de falta de comunicado oficial da direção. Segundo a administração pública, o Corpo de Bombeiros foi acionado e teria descartado qualquer risco de explosão e liberado às aulas.

Com a suposta liberação dos Bombeiros, a turma da tarde teve aula normal até que o cheiro de gás retornou. Assim como ocorreu de manhã, os estudantes foram acomodados na quadra até a chegada dos responsáveis, acionados pela direção escolar.

“Não deveria ter tido aula à tarde, as crianças ficaram desesperadas, chorando, com medo de morrer, completamente assustadas, um episódio bem traumático. Algumas mães disseram que seus filhos passaram mal em casa devido à inalação do forte cheiro de gás. Não houve comunicado oficial aos pais, nem mostraram laudo ou liberação dos Bombeiros”, disse a dona de casa Gislene Rodrigues da Silva, 39 anos, uma das mães que participaram do protesto.

Devido à presença do grupo na Câmara, o vereador Josa Queiroz (PT), presidente da Casa, intermediou reunião entre a secretária de Educação de Diadema, Ana Lucia Sanches e os pais. No encontro, a gestora informou que os Bombeiros foram acionados duas vezes e que durante as vistorias não constataram risco de explosão.

“Foi identificado um problema no botijão de gás, que já foi trocado e está tudo sob controle. Não existe falha na rede de distribuição. Tudo que estava ao nosso alcance, fizemos, talvez, o único ponto que poderíamos ter feito diferente é ter comunicado aos pais sobre a liberação do uso do espaço pelo Corpo de Bombeiros, após a vistoria na parte da manhã”, pontuou a secretária.

Questionado sobre os chamados na terça-feira (26), o Corpo de Bombeiros informou que não foi localizada ocorrência no endereço citado. 

Mais da metade das unidades municipais não tem AVCB

Na reunião com os pais na Emeb Professor Francisco Daniel Trivinho, a secretária de Educação de Diadema, Ana Lucia Sanches, admitiu que a escola e outras 34 não possuem AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros). O certificado atesta que a edificação possui totais condições de segurança. No total, das 60 unidades municipais, apenas 25 possuem o documento, ou seja, menos da metade. 

A Prefeitura justificou, por nota, que a obtenção dos AVCBs demanda estudos e intervenções “complexas, que estão em curso nas demais unidades. A Emeb Trivinho, por estar em um prédio tombado, requer mais atenção nas intervenções, mas também está em curso a obtenção do documento junto aos Bombeiros”, pontuou a administração.<TL>



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