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Quinta-Feira, 2 de Maio de 2024

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Ação durou todo o dia
Barracos são demolidos em invasão no Bairro Eldorado
Thainá Lana e Lays Bento
01/03/2024 | 18:12
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FOTO: André Henriques/DGABC


A Secretaria de Habitação de Diadema acaba de derrubar os 18 barracos que resistiam à expulsão na Avenida Nossa Senhora dos Navegantes, no Bairro Eldorado. A ação, que envolveu forças da Guarda Civil Municipal, ocorria desde a manhã desta sexta-feira (1º).

De acordo com Sidnei Casemiro, líder comunitário e presidente da Associação Monte Sinai, a demolição afetou 40 famílias. “Apenas alegaram que tinham de cumprir a ordem e não apresentaram papel de reintegração de posse quando vieram ontem para notificar a gente

 e hoje”, conta. 

Duas mulheres e um homem ficaram feridos durante os bombardeios dos guardas-civis, que utilizaram cassetetes e gás de pimenta ao derrubarem em minutos a barricada de pneus em chamas. Uma cadeirante e uma gestante, que moravam no terreno também passaram mal. 

Segundo apuração do Diário, o terreno ainda está em disputa judicial, o que torna a reintegração antecipada e solicitada pela Associação Pró-Moradia, gerida pelo último Secretário de Habitação Ronaldo Lacerda (PDT) da cidade, que foi exonerado também nesta manhã. Os invasores apontam a instituição como uma espécie de”grileira” na cidade.

De acordo com a Prefeitura, a exoneração de Ronaldo ocorreu de forma distinta ao caso, a fim de que Ronaldo assuma “futuramente a articulação política durante a campanha municipal de 2024”.

A PARTIR DOS ESCOMBROS

Os vereadores Boy (União Brasil) e Eduardo Minas (Progressistas) apontaram ao Diário que acionarão ao Ministério Público diante da escalada dos fatos.

Procurados, a Associação Pró-Moradia e o ex-Secretário não atenderam solicitações do Diário até este sábado (4). 

No final da tarde, entretanto, a Associação encaminhou posicionamento sobre o caso. O material destaca que "o objetivo da Associação Pró Moradia Liberdade é ampliar a oferta de habitação popular em diálogo com o poder público, mas também trazendo celeridade na produção das moradias com segurança jurídica". 

Ainda sobre o episódio, a entidade frisa ser "importante ressaltar que o terreno em questão fica em uma Área de Proteção Permanente, ou seja, qualquer construção depende de série de autorizações de órgãos ambientais competentes. A Associação Pró Moradia Liberdade conquistou todas essas autorizações junto a GRAPROHAB, CETESB, DAEE, Secretaria Estadual do Meio Ambiente. A emissão do alvará de construção saiu na segunda quinzena de fevereiro".




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