Com a carta de anuência do Solidariedade em mãos, dizendo que ele pode deixar o partido sem correr o risco de ter sua cadeira na Assembleia requerida via Justiça, o deputado estadual Atila Jacomussi intensifica as negociações com as agremiações que orbitam o governador Tarcísio de Freitas para definir, até o dia 10 de março, por qual delas pretende concorrer à Prefeitura de Mauá nas eleições de outubro, onde enfrentará o atual chefe do Executivo, Marcelo Oliveira (PT), em sua tentativa de reeleição. Republicanos, MDB e União Brasil estão no páreo – embora a posse de Andreia Rolim Rios, esposa do parlamentar, na presidência do diretório mauaense desta última seja um forte indicativo de seu destino. Também pesa a favor do União a proximidade de Atila com o presidente da Câmara de São Paulo e líder da sigla no Estado, Milton Leite.

BASTIDORES

Dúvida cruel

Chefão do PL em São Bernardo, Fernando Longo (foto), secretário adjunto de Coordenação Governamental da gestão Orlando Morando (PSDB), tem evitado falar publicamente nos últimos dias. Talvez por ainda não saber responder se vai endossar a pré-candidatura do vereador Paulo Chuchu (PRTB) à vice na chapa encabeçada pelo deputado federal Alex Manente (Cidadania), como defende grupo ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, liberal como ele, ou se vai se manter fiel ao chefe tucano, que ainda não se definiu sobre a própria sucessão.

Desdém

O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), desdenhou, em sua live semanal realizada na noite de ontem nas redes sociais, dos impactos provocados pelo anúncio feito pela Basf de que vai fechar, em até 18 meses, o setor de tintas automotivas da unidade que funciona na cidade. O tucano minimizou a informação, dizendo que a medida se limitará a “uma linha (de produção)” e que as críticas estavam sendo feitas por adversários políticos cuja conduta se assemelha à de “urubu que vive de carniça”. Ao se dar conta de que a declaração poderia ser mal-interpretada, já que a decisão, de acordo com o sindicato dos químicos, pode custar o emprego de 150 funcionários, mudou o tom: “É obvio que a gente preferia que continuasse funcionando”.

Presente

Oposicionista ferrenho do governo Paulo Serra (PSDB) em Santo André, o vereador Ricardo Alvarez (Psol) conseguiu na sessão de terça-feira o apoio insólito de Eduardo Leite, pré-candidato do PSB ao Paço. Durante os trabalhos legislativos, o socialista não só votou a favor dos requerimentos protocolados pelo psolista, destoando dos integrantes da base governista, como subiu à tribuna para defender o “direito democrático” do colega de questionar os atos da administração.

Passado

Eduardo Leite é o mesmo que, filiado ao PT em 2019, causou um rebuliço danado no seio do partido ao declarar que era “muito difícil (...) fazer oposição a um governo que acerta em muitas medidas e que erra menos”.

Cultura

A administração da prefeita Penha Fumagalli (PSD) fará amanhã, na Emeb Rachel Silveira Monteiro o primeiro de sete encontros visando a elaboração do Plano Municipal de Cultura de Rio Grande da Serra. Incentivadas pelo Ministério da Cultura, as sessões vão colher sugestões e necessidades dos artistas da cidade para depois ser votado na Câmara. O planejamento vale por dez anos. Promotores culturais do município devem receber neste ano R$ 349 mil oriundos da Lei Aldir Blanc 2.