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Especial
Relação especial entre netos e avôs

Mauaense se adapta a diferentes contatos com familiares em meio à pandemia e no Dia dos Avós

Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
25/07/2020 | 23:59
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Arquivo Pessoal


Emilyn Nery da Silva Lima, 13 anos, tem tido contato com as avós de maneira bem diferente. Ela vive em casa no Jardim Rosina, em Mauá, e divide o quintal com dona Vilma (a avó paterna), sendo que precisa da ajuda do celular para manter conversas com a dona Rosalina (a avó materna), uma vez que as visitas estão temporariamente suspensas por causa do distanciamento físico recomendado para evitar a proliferação da Covid-19. Entre as diferentes realidades, ela valoriza a possibilidade de conviver com as duas.

A história da pequena mauaense serve de exemplo para mostrar como esses pais dos nossos pais podem participar da vida de seus netos, tanto na infância quanto na fase adulta. Eles são lembrados de maneira especial no Dia dos Avós, celebrado hoje (veja mais ao lado) e que funciona como data para recordação desses familiares, incluindo aqueles que já morreram. 

Sobre a avó paterna, a jovem a vê diariamente, mas sempre mantendo certo afastamento e usando máscara para aumentar a proteção das duas contra o novo coronavírus. “Minha relação com a vó Vilma é ótima. Ela é muito legal e extrovertida”, conta. “Como é costureira, faz muitas máscaras legais para nós.” 

Mesmo de longe, a conexão entre Emilyn e a avó Rosalina é forte. As lembranças entre as duas envolvem momentos especiais e costumes que agitavam seu cotidiano, como almoços em família e procurar por jabuticabas prontas para colher – e comer – na árvore do quintal da casa da vovó, na Vila Bocaina. Hoje, elas sentem falta até mesmo de andar pela ruas enquanto passeavam com o cachorro.

“Sempre ligo, mas ela não sabe usar muito bem o celular. Então meu tio, que mora lá, vive me ajudando para nos manter em contato”, explica a estudante do 9° ano, que aposta em algumas chamadas de vídeo de vez em quando para falar como estão as coisas do dia dia e sobre o andamento dos estudos. “Acho que a gente está reinventando a nossa relação. Não sabia que iria sentir falta de coisas tão simples. Quando tudo isso acabar, quero poder estar mais próxima ainda para matar toda a saudade e o tempo que a pandemia nos tirou.”

Provavelmente, Emilyn conta com similaridades e diferenças em relação aos seus avós. Parte disso envolve a genética, mas ter boas experiências com eles, quando possível, pode ser ainda mais importante. Esses parentes são responsáveis por parte da história de cada indivíduo, seja ela de maneira próxima ou distante.

Data especial tem origem junto a histórias católicas

A ideia do Dia dos Avós, celebrado anualmente em 26 de julho, tem origem no universo da Igreja Católica, mas pode ser festejada por crentes de qualquer religião.

O evento faz referência ao Dia de Santa Ana e Dia de São Joaquin, figuras que seriam os pais de Maria e avós maternos de Jesus Cristo, sendo que ambos contam com momentos especiais no calendário na mesma data: 26 de julho. A ideia surgiu no século XX, por meio de homenagem pensada pelo então papa Paulo VI.

Segundo é contado no meio cristão, eles sonhavam em ter um filho ou filha, mas não conseguiam por serem estéreis (incapazes de reproduzir). O casal contava com um milagre para realizar o desejo e alguns anjos teriam garantido que uma criança surgiria em breve. No século XVI, ambos foram canonizados pelo papa Gregório VIII justamente por terem sido pais nessas circunstâncias especiais.

Ao contrário do que ocorre com o Dia dos Pai (sempre no segundo domingo de agosto) e Dia das Mães (segundo domingo de maio), o Dia dos Avós é uma data móvel. Segue de acordo com mudanças dos dias na semana ao longo do passar do ano. 

Na temporada passada, por exemplo, caiu em uma sexta-feira, com o momento marcando um domingo neste ano e a aparecer em uma segunda-feira em 2021. 




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