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Quinta-Feira, 9 de Maio de 2024

Brasil de joelhos frente ao desemprego
Do Diário do Grande ABC
21/07/2020 | 23:59
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A pandemia da Covid-19 escancarou desigualdades sociais no Brasil, deixando municípios ainda mais vulneráveis aos impactos econômicos que acompanham o pacote de sintomas graves impostos pelo vírus. Fato é que as pessoas que vivem na pobreza ou extrema pobreza, trabalhadores, mulheres e crianças, as com deficiências e outros grupos marginalizados não só estão muito mais expostas ao contágio como também, quando contraem o vírus, têm recursos limitados para atenção às medidas de isolamento e ao tratamento. Combinação letal que tem como pano de fundo índice de desemprego histórico. Segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE, o Brasil tem menos de 50% dos trabalhadores ocupados. Ainda, segundo o levantamento, 28,6 milhões de pessoas querem trabalhar, mas não procuraram emprego, seja em razão da pandemia, ou por falta de vagas nas regiões em que moram.

Quando trazemos esta realidade para a cidade, a preocupação aumenta. A pandemia pegou a todos desprevenidos. Agora, são necessários planejamento e ação rápida para lidar com espólios desta guerra. É preciso debater a precarização dos direitos trabalhistas que agravam a situação, bem como o fortalecimento de projetos sociais para garantir a dignidade dessas famílias e dar suporte necessário para enfrentamento da crise. São trabalhadores e trabalhadoras, pais e mães de famílias largados à própria sorte, completamente desprotegidos e vulneráveis. E a falta de perspectiva de melhora na economia, que já vinha desestabilizada desde 2015, gera ainda mais incertezas sobre o futuro do mercado de trabalho nos próximos meses.

Nunca se foi tão urgente olhar para a economia com viés social. Grande camada da população sofre hoje com intransigências do presidente Jair Bolsonaro, que não se responsabiliza efetivamente no combate ao novo coronavírus e tampouco em desenvolver políticas que minimizem esses efeitos.

Auxílio emergencial, que tem sido única fonte de renda de milhares de famílias, é recurso finito que, quando for suspenso, pode dobrar o índice de desemprego, hoje em 12,9%, ao lançar no mercado de trabalho pessoas que estavam sobrevivendo desse recurso, vítimas do desemprego. Cenário este que potencializa desigualdades já existentes, seja na renda, no acesso aos serviços ou na consolidação de direitos básicos. Portanto, passou da hora de o poder público agir de forma conjunta e organizada, para conter, além das milhares de mortes causadas pelo novo coronavírus, a precarização da vida. O novo vírus colocou o mundo de joelhos e nos convida, agora, a encarar as fragilidades impostas ao desenvolvimento humano e a buscar, sobretudo, evolução social e comunitária.

Eduardo Leite é vereador de Santo André pelo PT.


PALAVRA DO LEITOR

Mascote
Respeito as reportagens de Dérek – antes, de Fattori – no Confidencial (Esportes, ontem), mas chega com a conversa de ter que mudar a mascote e talvez a letra do hino do Ramalhão por causa de desequilibrada deputada federal que não tem o que fazer e quer questionar a conduta de pessoa que morreu há mais de 400 anos. O fundador de nossa linda cidade de Santo André foi e sempre será João Ramalho, e nossa mascote e hino do clube não serão mudados por causa de supostos erros que ele tenha cometido em sua vida. Por isso, peço que respeitem a história da cidade e o que João Ramalho representa para a mesma e para o time.
Fernando Cesar Toribio
Santo André

OAB Santo André
Acho que a pandemia afeta também o bom-senso e a moral das ditas autoridades. Agora a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Santo André saiu na frente da vergonha nunca antes vista, ao dar moral a desembargador que, além de ofender o guarda-civil em Santos, ainda emporcalhou a rua com a multa rasgada por ele e jogada ao chão. Se a OAB acha isso legal, pelo amor de Deus, o Brasil precisa acabar. A OAB neste caso é uma vergonha, algo imoral.
Marieta Barugo
Capital

Bares
Empresários de São Bernardo querem que o poder público permita o funcionamento de bares no período noturno, conforme noticia este Diário (Economia, dia 16). Com a pandemia causada pela Covid-19, atos oficiais do governo estadual e das prefeituras proibiram funcionamento de inúmeros estabelecimentos comerciais. Mais recentemente essa proibição foi modificada, permitindo, por exemplo, que bares funcionem apenas até as 17h. Antes de partir para reivindicação de liberar funcionamento até 23h30, como diz o texto da jornalista Tauana Marin, os empresários deveriam meditar um pouco mais e lembrar que Diadema conseguiu feito inédito por meio da promulgação da Lei 2.017, de 13 de março de 2002, pelo então prefeito José de Filippi Júnior, determinando que o funcionamento de bares, em todo o território municipal, só pode ser das 6h às 23h. Isso fez com que o índice de criminalidade tivesse queda surpreendente a ponto de outros municípios se interessarem pelos métodos aplicados em Diadema. Esse fato, por sinal, foi alvo de destaque em vários países, a ponto de o prefeito Filippi ser convidado a fazer palestras no Exterior, sobre tal iniciativa.
Arlindo Ligeirinho Ribeiro
Diadema

715.074!
Estão ‘metendo a mão’ no seu bolso e as finanças estão insustentáveis no Brasil, onde há 70.794 políticos, 12.825 assessores parlamentares na Câmara Federal (sem concurso), 4.455 assessores parlamentares no Senado (sem concurso), 27 mil assessores parlamentares nas assembleias legislativas estaduais (sem concurso – estimado, por falta de transparência), 600 mil assessores parlamentares nas câmaras municipais (sem concurso – estimado, por falta de transparência). Total geral: 715.074 funcionários não concursados. Tudo isso nas costas dos cidadãos?
Renzo Sansoni
Capital

Desacredito
Dizem os governadores e prefeitos que o total de mortes por Covid-19 no Brasil ultrapassa 80 mil, que o País registrou em 24 horas mais que 20 mil casos da doença e que o número total de infectados ultrapassa 2 milhões. Esses dados foram atualizados até o dia 20. Tenho dúvida quanto a esses números, que não são comprovados, e pergunto: se o governo federal não tivesse liberado tanto dinheiro para governadores e prefeitos superfaturarem, os números seriam os mesmos? Qual a prova apresentada que as mortes são de Covid-19 e não de outras doenças? As mortes por outros motivos pararam ou diminuíram drasticamente? Como explicar o sucesso da cidade de Porto Feliz, no Interior, e a diferença de preços das compras feitas pelo governo de Minas Gerais e dos outros Estados?
Benone Augusto de Paiva
Capital 




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