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Ainda sobre a mascote andreense
Por Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
20/07/2020 | 23:59
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Na semana passada, neste espaço, propus uma discussão sobre possível mudança da mascote do Santo André, que desde os anos 1980 homenageia João Ramalho, o patrono e fundador da cidade, mas que carrega em seu passado até certo ponto desconhecido algumas referências de ser escravocrata com relação aos indígenas que habitavam estas terras. Estendi a discussão às redes sociais e positiva e surpreendentemente muitos amigos, colegas e amantes do futebol (além de torcedores do próprio Santo André, fãs de clubes como EC São Bernardo, Palestra, Corinthians, São Paulo, Santos e outros) opinaram, debateram, expuseram sua opinião, de maneira bem democrática e, sobretudo, educada. Em alto nível. Teve quem concordou com meus argumentos, quem discordou, teve – como eu havia previsto – aqueles que chamaram de 'mimimi', mas, o que mais me deixou feliz, é que houve um verdadeiro debate sobre o tema, mesmo que em pequena escala, com citações à história, lembranças, defesas de ideias etc. E, mais do que isso: recebi sugestões de possíveis novas mascotes para a equipe andreense.

Quem sou eu para determinar que o Ramalhão está com os dias contados. Pelo contrário. Minha ideia é justamente propor confrontação de pontos de vista. E, assim como o Palmeiras fez ao adotar o porco Gobatto como símbolo, este que desfila em jogos do time ao lado da mascote oficial, o Periquito, por que o Santo André não poderia ter um novo amuleto? E essas foram as propostas que mais me agradaram.

O amigo Mauro de Britto, pai do ex-meia-atacante Cesinha, revelado no Santo André e com passagem pelo São Bernardo FC, e que é sogro da lateral-esquerda Tamires, da Seleção Brasileira e do Corinthians (os atletas são pais do jovem Bernardo, habilidoso com a bola e que tem toda pinta de que seguirá o caminho nos gramados), enviou mensagem propondo a adoção do Andrezão, mascote baseada no santo que dá nome à cidade – algo similar ao que o São Paulo adotou – e com nome no aumentativo, para indicar a “robustez” do time.

Já o torcedor andreense fanático Mauricio Noznica – que curiosamente esteve em Vouzela, Portugal, no ano passado, para investigar um pouco mais sobre as raízes de João Ramalho e foi personagem de reportagem sobre isso – recomendou manter o aventureiro como símbolo e acrescentar a figura da índia Bartira (sua mulher) ao seu lado, naquela que penso que poderia ser a primeira mascote formada por um casal, deixando ainda mais única essa marca alusiva ao Santo André. E incorporar a indígena não é fazer média, mas reconhecer a importância de uma personagem que faz parte da história da cidade.

Repito: achei essas duas ideias simplesmente sensacionais. E, com um colega tão talentoso trabalhando comigo neste Diário, caso do ilustrador Fernandes - conterrâneo do técnico do Água Santa, Toninho Cecílio, de Avaré -, pedi que ele fizesse um esboço com essas sugestões. Não seria nada mal que, assim como o Ramalhão, criado pelo cartunista Juarez, no Diário, em 1981, a nova mascote andreense trilhasse o mesmo caminho. E aqui apresento os resultados dessas novas leituras.

ATÉ LOGO, AMIGO
O atacante Dudu, do Palmeiras, assinou ontem com o Al Duhail, do Catar. Semana passada, antes de seguir viagem, o ex-camisa 7 enviou convite especial para se despedir pessoalmente de um amigo: Nickollas Grecco, o jovem deficiente visual e autista que tem os jogos do Verdão narrados pela mãe, Silvia, eleita em 2019 a torcedora do ano pela Fifa. Dudu recepcionou a dupla na Capital e ouviu do fã um pedido: “Não queria que você fosse. Vou sentir saudade. Amo você”, disse Nickollas. “Também te amo, Nick, Daqui um ano eu volto”, respondeu o jogador, que criou um laço com a dupla, tendo inclusive convidado-a para a festa de aniversário de um dos filhos. Ontem, foi publicado vídeo em homenagem a Dudu nas redes sociais de Nickollas, com imagens dos dois nestes anos de relação. “O Nickollas é um garoto muito especial, a mãe dele, a Silvia, também. São pessoas que tive uma amizade legal desde que conheci, acho que em 2016. É um garoto especial não só para mim, mas para os palmeirenses e para o Palmeiras. Fiquei feliz com a homenagem”, afirmou o atacante em entrevista ao Lance!
 




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