Criar meios modernos e eficientes para facilitar o deslocamento da população é uma das atribuições do poder público. O sistema de mobilidade urbana impacta diretamente sobre a qualidade de vida. Levar horas para ir e voltar do trabalho, por exemplo, não é uma condição aceitável quando falamos de poucos quilômetros. É preciso agir para minimizar este efeito. É o que faz o governo do Estado com relação à Linha-18 Bronze, que ligará o Grande ABC à Estação Tamanduateí do Metrô.
Vencidas as etapas de planejamento, e após os vigorosos esforços concentrados no monotrilho, tenho a plena convicção de que insistir com este modelo seria utópico em virtude dos altos custos que se apresentaram no decorrer do projeto. Mais do que isso: seria manter uma falsa expectativa na população de toda a região. E isso não fazemos. Trabalhamos com a verdade, seriedade e transparência.
Também pautado nestas características, o governador João Doria chegou a uma alternativa interessante e que contempla sim os moradores do ABC, incluindo São Caetano. Erra quem afirma que o BRT (Bus Rapid Transit) é um mero corredor de ônibus. Sua velocidade poderá ser semelhante à do monotrilho porque haverá sistema de semáforos inteligentes que privilegiarão os ônibus (elétricos) nos cruzamentos, além de pontos de ultrapassagem, estações no nível do assoalho dos coletivos (facilitando o embarque), pagamento de tarifa antecipado e estações climatizadas.
Estudos técnicos comprovam que ambos os modais podem ter efeitos parecidos, mas o custo do BRT, neste caso da Linha-18, pode ser até dez vezes menor do que um monotrilho.
Soma-se a isso a modernização da Linha 10-Turquesa da CPTM, que já conta com novos trens e terá a Estação Pirelli. E, especialmente, a construção da Linha 20-Rosa do Metrô, que terá como ponto de partida o bairro de Rudge Ramos, na tríplice fronteira Santo André, São Bernardo e São Caetano, favorecendo a população das três cidades – o ramal ligará a região à Lapa.
Batalhar pela mobilidade urbana de São Caetano só é possível com uma visão regional e coragem para enfrentar os enormes desafios. O intenso processo de conurbação dos municípios do Grande ABC não permite políticas macro isoladas no setor. Com o apoio do governo do Estado, sigo confiante de que a população da nossa cidade será atendida em suas necessidades de mobilidade.
Após todos os estudos e debates realizados até aqui, o que fica é a certeza de que, enfim, o Grande ABC, quinto maior polo econômico do País, será integrado à Capital não apenas com um monotrilho, mas com dois sistemas eficientes: o BRT e o Metrô.
José Auricchio Júnior é médico e prefeito de São Caetano.
Ambulantes
Comerciantes dos grandes centros e dos principais corredores de São Bernardo afirmam que, além da queda nas vendas por causa da crise econômica, ainda têm que enfrentar a concorrência desleal com os preços mais atrativos ofertados pelos ambulantes. Muitos lojistas dizem que não estão aguentando a concorrência desleal. O comércio clandestino tem as suas regras próprias. Algumas situações com números pintados no asfalto demarcam a área que cada ambulante tomou para si. O loteamento da rua é irregular. Os camelôs não têm o TPU (Termo de Permissão de Uso), concedido pela Prefeitura. Mesmo assim, podem ser vistos em vários pontos e usam até manequins para expor as roupas. Os camelôs vendem todo tipo de mercadoria livremente. Em frente às lojas e ao lado dos ambulantes legalizados, estendem suas lonas. Se tivesse uma fiscalização mais efetiva não estaria do jeito que está. Enquanto isso, os comerciantes tentam conviver da melhor forma possível com os camelôs. Portanto, necessário intensificar o controle e a fiscalização a fim de evitar as vendas de produtos contrabandeados, pirataria, pois o crescimento do mercado informal tem provocado fechamento de muitas lojas. Algo precisa ser feito urgentemente.
Luizinho Fernandes
São Bernardo
Ferramentaria
Ridícula a atitude do senhor Orlando Morando, colocando a cidade na briga pelo centro de ferramentaria que Santo André pleiteia e está na briga com a cidade de São José dos Campos para a instalação do mesmo (Economia, ontem). Esse cidadão deveria ir junto com o prefeito Paulo Serra brigar para que seja instalado o centro em Santo André. Seria a mesma coisa de São Bernardo estar apto a receber um aeroporto em seu território e o prefeito de qualquer outra cidade do Grande ABC, ao invés de prestar total apoio, se canditadar a receber o mesmo. Ou sejamos o Grande ABC que sempre foi forte ou, com essas atitudes, seremos lembrados só em época de eleição. E, com a atitude de alguns administradores, não merecem se eleger novamente.
Fernando Cesar Toribio
Santo André
Buraco da minhoca
Enquanto países como Alemanha, França, Reino Unido e Estados Unidos, só para citar quatro entre tantos outros que prosperam e navegam a todo vapor em direção a um futuro brilhante, não apenas social como economicamente, nosso País parece estar adormecido e ancorado num primitivo mundo paralelo e sem nenhuma perspectiva de mudança em futuro próximo. Brasil, é preciso encontrar urgente o buraco da minhoca para alcançar o universo real. Com ironia, por favor!
Maria Elisa Santos
Capital
Exemplo
Muito triste a história da família Utima, de Santo André, vitimada por falha no sistema de gás instalado na residência (Setecidades, dia 15). Fica de alerta para as autoridades a adoção de medidas mais fortes na preservação da vida. O que se nota é que as empresas lavam as mãos neste caso, jogando ao usuário a responsabilidade exclusiva pela manutenção dos equipamentos que, tenho certeza, a maioria sequer sabe como funciona. Leis mais rígidas poderiam ter ajudado a família Utima. Que este lamentável caso sirva de exemplo.
José Roberto Toledo Vieira
São Caetano
Farra
É inacreditável a história relatada por este Diário a respeito dos carros oficiais da Câmara de Diadema (Política, dia 15). E mais inacreditável a resposta do Legislativo dada neste espaço. Querem justificar o injustificável. Manter um contrato de R$ 300 mil para manutenção de veículos 0Km? A economia desse valor não foi a justificativa apresentada pelos nobres vereadores na aquisição de carros zero-quilômetro? Brincam com nosso dinheiro.
Getúlio da Silva Soares
Diadema
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