A direção estadual do PSDB determinou a suspensão da eleição para escolha do diretório do partido em Ribeirão Pires – o pleito estava marcado para domingo, na Câmara. A alegação é a de que os dirigentes da legenda no município não defenderam – ou pouco sustentaram – campanhas de tucanos em 2018. Cerca de 30 cidades foram enquadradas no mesmo caso. Mas a determinação deflagrou crise no tucanato. Isso porque o secretário-geral do partido no Estado, César Gontijo, discordou da decisão, dizendo saber de empenho de filiados locais para nomes da sigla na eleição. A esta coluna, declarou ver com estranheza o fato e comentou que haveria tempo hábil para reverter a situação em Ribeirão. Outro que reclamou foi Cezar de Carvalho, atual vice-presidente do diretório local e que busca ser reeleito à vaga. Cezar, que já atuou nos governos tucanos no Estado, afirmou que todas as etapas burocráticas para chamar a convenção foram percorridas e que iria manter a eleição no domingo. “Não fomos notificados”, resumiu o dirigente, vice de Erino Siviero. “Na campanha apoiei nomes do PSDB. Apoiei o (João) Doria (governador eleito), o (Geraldo) Alckmin (presidenciável derrotado). Votei na legenda para estadual, em Fabricio Cobra (PSDB) para federal.”

Leque aberto?
No fim de semana, chamou atenção declaração do secretário Marcos Penido, de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado, a respeito de um possível avanço nos trabalhos da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Ele sugeriu que há no horizonte da estatal trabalhar com resíduos sólidos. “Quando passo por um aterro sanitário e vejo lixo sendo jogado em terra boa me remete ao tempo da Idade Média, do século XVI. Temos que virar esse jogo e temos que fazer isso junto com a Sabesp e a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), que licencia. Vamos jogar junto com a Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), que é responsável pela energia. Os três somados para que tenhamos uma solução para a questão dos resíduos sólidos e possamos transformar o nosso lixo em riqueza. É um absurdo o nosso lixo hoje dar prejuízo.” A fala foi feita em agenda com o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), e acompanhada pelo diretor-presidente da Sabesp, Benedito Braga.

CPI
Por falar em Sabesp, o vereador Professor Minhoca (PSDB), de Santo André, sugeriu a criação da CPI do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) justamente para apurar os motivos pelos quais a dívida da autarquia com o governo do Estado atingiu a marca de R$ 3,4 bilhões. Minhoca propôs que os trabalhos foquem nos últimos 20 anos, sem incluir o governo de Paulo Serra (PSDB).

Pautas
O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior, e seu filho, o deputado estadual eleito Thiago Auricchio (PR), se reuniram ontem com o vice-governador Rodrigo Garcia (DEM), que também é secretário de Governo estadual. Conversaram sobre pautas prioritárias para a região.

Sem diálogo
Diretor da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), o ex-secretário da Saúde do Estado David Uip tem tocado projeto de transformar a instituição em universidade. Porém, não debate o tema com prefeitos mantendedores da faculdade – a FMABC é vinculada à FUABC (Fundação do ABC), que, por sua vez, é mantida pelas prefeituras de Santo André, São Bernardo e São Caetano. Aliás, o assunto sequer foi comentado com o comandante da FUABC, Luiz Mário. Para que essa alteração seja efetivada, há necessidade de aprovação nas câmaras dessas cidades.

Resposta – 1
O vereador Paulo Bezerra (PV), de Diadema, entrou em contato com a coluna para explicar o caso de ter ido ao Shopping Praça da Moça com carro oficial. Segundo o verde, ele utilizou o veículo e passou pela rua do local, mas não estacionou – nem pegou sua namorada lá – porque estava em direção a uma reunião.

Resposta – 2
A direção do Rotary Club de Santo André – Norte também entrou em contato com a coluna para dar sua versão à nota publicada a respeito do ex-vereador Ailton Lima (PSD) – há debate interno para expulsar o ex-parlamentar após seu nome aparecer em suposta lista de pagamento de Mensalinho na gestão passada da Prefeitura. Segundo o bloco, “o referido companheiro é sócio deste clube desde 2004, não havendo nada que o desabone em relação a esta instituição”. O grupo também diz que não se relaciona com a política.