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Fundação Santo André
Após ‘sindicância’, reitoria demite mais três professores

Até agora 38 profissionais foram alvo do processo; docentes cobram intervenção do Poder Executivo

Por Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
21/02/2019 | 07:00
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Mais três professores da FSA (Fundação Santo André) foram desligados pela reitoria nesta semana. Os docentes Wagner Tomazini, do curso de ciências contábeis Vanderlei Mariano licenciatura em matemática, e José Carlos de Oliveira Costa, que lecionava engenharia, foram os novos alvos da sindicância que apura os contratos de trabalho da instituição de ensino superior.

Segundo os docentes, a justificativa da FSA é a mesma que resultou na demissão de 35 profissionais, por e-mail, em dezembro, de que não apresentam documentação que comprove que tenham passado por concurso público para o ingresso no centro universitário – o que é proibido por lei –, e que, após resultado de sindicância, foram apontados como ‘funcionários irregulares’.

Por se tratar de processo de sindicância, os profissionais dizem que a reitoria afirma que não fará pagamento dos proventos previstos em lei, já que trata-se de desligamento ‘necessário’ e não demissão. Ao todo, 75 docentes foram sindicados e 38, desligados. Os demais aguardam resultado do levantamento interno e relatam situação de “tensão” diante do futuro incerto.

A revolta da comunidade acadêmica se deve, principalmente, ao fato de o atual reitor ser o principal alvo da sindicância, iniciada em janeiro, e não constar da lista de demitidos. O professor Francisco José Santos Milreu chegou, inclusive, a admitir ao Diário, em março de 2018, que não passou por seleção pública para sua contratação, em 1989. Na sequência, o docente voltou atrás de sua afirmativa e, em junho, a FSA alegou que o reitor apresentou papelada comprobatória de sua aprovação legal para atuação como docente. Entretanto, a instituição continua a recusar fornecer os documentos à imprensa.

Na tarde de ontem, cinco professores e integrantes do Sinpro-ABC (Sindicato dos Professores do Grande ABC) foram à Assembleia Legislativa, na Capital, solicitar audiência pública sobre a situação da instituição. Há ainda carta sendo elaborada para o prefeito andreense, Paulo Serra (PSDB), com reivindicações dos docentes para melhorias na FSA.

O documento, que deve ser aprovado hoje, em assembleia, pede intervenção do Poder Executivo para destituir a atual reitoria, assim como para transformar a unidade educacional em faculdades independentes e não manter mais o título de centro universitário. Além disso, os docentes ressaltam a necessidade de receber os proventos, que estão atrasados desde 2015.

Procurada por meio da assessoria de imprensa, a FSA não retornou aos questionamentos do Diário até o fechamento desta edição.




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