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Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024

Desafios para ecossistemas marinhos
Do Diário do Grande ABC
07/01/2019 | 10:24
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Artigo

A redução da perda da biodiversidade e a promoção do uso sustentável de recursos naturais são compromissos globais assumidos por 140 nações signatárias da CDB (Convenção sobre Diversidade Biológica). O tratado internacional tem relação com o 14º ODS (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável), que visa a adoção de medidas para preservar oceanos, mares e recursos marinhos até 2020. Contudo, os objetivos são ousados. Um dos temas mais debatidos recentemente está relacionado com a cobertura de UCMs (Unidades de Conservação Marinha). Entretanto, um dos maiores desafios é criar e manejar UCMs em áreas prioritárias para a conservação, pois normalmente essas são áreas de alta diversidade biológica e de alto conflito de usos, onde diversas atividades humanas são praticadas. Ambientes costeiros como mangues, recifes de coral e costões rochosos são os mais vulneráveis.

O manejo pesqueiro é visto como um dos principais objetivos do ODS 14. Uma das estratégias é a valorização da pesca artesanal e o controle de atividades pesqueiras destrutivas, que causam danos aos ecossistemas e não possuem seletividade nas capturas. Entretanto, muitos países, incluindo o Brasil, caminham em sentido contrário, criando subsídios para pesca industrial e removendo benefícios de pescadores de pequena escala.

A poluição dos mares e o aquecimento global são outros problemas apontados. A ingestão de plásticos tem causado a morte de milhares de animais marinhos anualmente e o aquecimento dos oceanos tem gerado o branqueamento e a morte de ecossistemas de coral em todo o mundo. Em vez de aplicar leis mais restritivas, visando a qualidade de vida humana e saúde ambiental, países em desenvolvimento, como o Brasil, estão afrouxando as regras para empresas poluidoras. Como consequência, desastres ambientais são frequentes, o que acelera a perda da biodiversidade e de desenvolvimento sustentável.

Apesar dos desafios, temos esperança. O grande número de nações comprometidas com os objetivos da Convenção sobre Diversidade Biológica é considerável sinal positivo. Uma vez que grande parte da população vive perto da zona costeira, o investimento em educação ambiental é necessário para engajar a sociedade na luta para a manutenção de sua própria qualidade de vida e dos serviços ecossistêmicos providenciados pelos oceanos. Cientistas, cidadãos e tomadores de decisão precisam trabalhar juntos para multiplicar essas iniciativas positivas e reforçar a esperança para a conservação e sustentabilidade da biodiversidade e ecossistemas marinhos no Brasil e no mundo.

Hudson Pinheiro é mestre em Oceanografia, doutor em Ecologia e Evolução e integrante da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza.

Palavra do leitor

Agora ri
Isso que até hoje nos empurram goela abaixo não é democracia e sim escola formadora de malandros e de sanguessugas da Nação. Na democracia o poder emana do povo, que, com seu consentimento, é governado. Com nosso voto, Temer não se elegeria nem prefeito de São Paulo. Sabendo disso, como vice antes se pendurou em Erundina e, por último, em Dilma, porque ninguém vota no vice. Foi o cavalo de Troia do MDB, que ninguém queria, mas que o incompetente e irresponsável PT trouxe para dentro do poder. Golpista e usurpador, denunciado várias vezes, apesar de tantas e claras evidências, continuou ‘governando’ e tendo recentemente a petulância de ainda nos provocar dizendo que sentirá saudade do ‘Fora, Temer’. Em qualquer país sem as leis imorais que temos, já estaria trancafiado e por muitos anos. Mas aqui, no paraíso dos corruptos, continua sarcástico e rindo, confiante na impunidade crônica no País. Muda, Brasil!
Nilson Martins Altran
São Caetano

Armas
Sobre a comparação de morte por arma de fogo com a por acidente automobilístico, o carro tem por objetivo facilitar o transporte, mas, como qualquer máquina, pode sofrer acidentes que podem ferir as pessoas, como ocorre com ferramentas diversas. Já a arma, no entanto, é desenvolvida com a única finalidade de matar. Estranho que governo repleto de figuras autoidentificadas como cristãs e evangélicas se mostre favorável ao castigo de morte na hora crítica de um conflito. Estatísticas mostram que mais de 50% dos homicídios comuns são cometidos por indivíduos sem antecedentes criminais, e também que os países onde a venda de armamento é liberada ostentam índices de criminalidade maiores e estudam aumentar os requisitos necessários para a liberação de compra. Será que o presidente também se equivocou quando, em seu discurso de posse, disse da necessidade de manter nossas tradições judaico-cristãs, quando, na verdade, a nossa filosofia cristã, aceita pela maioria do povo brasileiro, nada tem a ver com a belicosidade mantida por Israel através dos séculos? Pelo visto, pelo menos neste assunto, muito deveremos lutar para que os tiros não saiam pelas culatras de nossas armas.
Ruben J. Moreira
São Caetano

Terra sem lei
Ao ler neste Diário reportagem sobre garoto de 12 anos esfaqueado por causa de pipa (Setecidades, dia 3), lembrei-me da Praça da Juventude (Ana Brandão), na Rua Procópio Ferreira, no bairro Jardim Ipanema, em Santo André. É verdadeiramente ‘terra de ninguém’, sem leis, haja vista que a molecada – e os marmanjos também – toma conta do lugar, não respeita ninguém nem tem a menor preocupação com segurança. Correm atrás das pipas cortadas olhando para cima e atravessam a Capitão Mário Toledo de Camargo desse jeito. Os motoristas é que têm de tomar cuidado para que não haja atropelamentos e mortes. O cerol é outra preocupação, pois as linhas das pipas cortadas ‘deitam’ sobre a avenida, pondo em risco motoqueiros desavisados ou desatentos. Além disso, inconsequentes fazem algazarra aos fins de semana no local com suas motos, empinando-as, andando sem capacete, correndo e se acham donos das vias no entorno. Além disso, ‘pipeiros’ que vão de carro fazem muito barulho, com tampões dos veículos abertos e o som bem alto. Tudo isso regado a muita bebida alcoólica. Engraçado é que vez ou outra aparece a polícia ou a GCM (Guarda Civil Municipal), mas não intimidam os desordeiros. Coitado do usuário que vai à praça apenas na tentativa de se divertir.
Israel Arruda de Medeiros
Santo André

A R$ 998
Com o magnífico aumento do salário mínimo concedido pelo governo, os eleitores do ‘Bozo’ já começam a sentir vergonha.
Maria Aparecida Flores
Rio Grande da Serra

Servidores
Sobre a decisão do ministro da Casa Civil em ‘despetizar’ a Pasta realizando demissões em massa, é importante ressaltar que, muito provavelmente, entre os exonerados devem estar vários servidores concursados, muitos deles convidados para os cargos em razão da sua competência técnica e não por razões que envolvam a política partidária. No passado, era comum que cargos, principalmente os chamados de terceiro escalão, fossem preenchidos pelos funcionários de carreira, o que era algo muito importante, uma vez que se valorizava a meritocracia e também a garantia do bom andamento da máquina pública quando da mudança de gestão. Nos últimos tempos, contudo, vem ocorrendo que servidores de carreira estão sendo preteridos para dar lugar aos indicados políticos. E, infelizmente, sabemos que muitos concursados que conseguem cargos tornam-se verdadeiros camaleões para garantir a permanência, e o preço a pagar, não raras vezes, é tornar-se cabo eleitoral do governo de plantão.
Neusa Maria Pereira Borges
São Bernardo

Regimes
Neoliberalismo? Socialismo? Capitalismo? Não. O regime adotado no Brasil pós-militarismo não foi nenhum desses. O que se viu nesse período foi a implantação de uma ‘cleptocracia’ comandada por quadrilha composta por punguistas da pior espécie, por gatunos travestidos de políticos e por empresários inescrupulosos que, por meio de negociatas e propinas, levaram nosso País a esse catastrófico cenário econômico e social. Nunca a frase atribuída à ministra da Fazenda do governo Fernando Collor de Mello, Zélia Cardoso de Mello, ‘o povo é apenas um detalhe’, fez tanto sentido.
Vanderlei A. Retondo
Santo André 




Comentários

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