Barbara, Alana, Isabela, Jaqueline, Simone... Difícil escolher quem foi a protagonista da noite que entrou para a história do basquete feminino de Santo André. Com a vitória por 71 a 68, ontem, sobre o Vera Cruz/Campinas, no Ginásio Pedro Dell’Antonia, a equipe se tornou tricampeã paulista de forma consecutiva – diferentemente do publicado ontem, quando informamos que lutava pelo bi – e superou Ourinhos e Americana, se tornando a maior campeã do Estadual, agora com oito títulos.

O resultado fechou em 2 a 1 para Santo André a série melhor de três jogos da decisão. Campinas havia vencido a primeira partida em casa, mas as andreenses viraram nos dois jogos no Dell’Antonia.

A decisão de ontem foi marcada por reviravoltas no placar. Santo André dominou o primeiro tempo, mas chegou a estar perdendo por sete pontos no terceiro quarto. Alana, com lindas infiltrações, e Isabela, com chutes de três, conseguiram recolocar as andreenses na liderança do placar. Outros destaques foram Barbara, que pegou 12 rebotes, e Simone, que, além de contribuir na marcação, sua principal característica, também foi eficiente e bastante produtiva ofensivamente: anotou 12 pontos.

Mas ninguém superou o desempenho de Jaqueline. A estrela do time, mesmo sem estar nos seus melhores dias, foi a maior pontuadora das anfitriãs, com 15, desempenho que contribuiu para que ela conquistasse o troféu de melhor jogadora da competição.

O técnico Bruno Guidorizzi buscou palavras para elogiar a equipe. Evitou destacar apenas uma jogadora e disse que o conjunto fez a diferença. A conquista foi ainda mais especial para ele, que, na véspera do primeiro jogo da final, acompanhou o nascimento do primeiro filho, Benjamin. “Não tenho palavras para expressar o que estou sentindo. Ser pai e dias depois ganhar uma competição como esta, olha, é muita emoção. Este time mereceu, começamos a trabalhar antes para pegar entrosamento e os detalhes fizeram a diferença. Quero parabenizar o grupo pela dedicação e entrega de cada uma”, comemorou o técnico.

O treinador ressaltou a vontade do grupo, principalmente ontem. “Em uma final conta muito o coração. Se não tem esse lado emocional, não tem tática que resolva. Meu time teve as duas coisas hoje (ontem), com raça, vontade e disciplina tática impressionante. Isso nos levou ao título”, enfatizou.

Com o troféu de melhor jogadora da temporada nas mãos, Jaqueline fez questão de dividir os méritos com o restante da equipe. “Somos muito unidas. Todo momento acreditamos que seria possível ser campeãs, passamos por dificuldade, tropeços, mas não desistimos em nenhum momento. Olhamos uma para a outra, conversamos e falamos que iríamos superar todas as dificuldades juntas. Graças a Deus deu certo”, ressaltou a ala.