Necessidade de reforço nas fundações da edificação da unidade, no Centro, adiou cronograma de obras
O governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, admitiu nesta semana que a entrega da primeira unidade do Bom Prato de São Bernardo sofrerá novo atraso em suas obras. O restaurante popular, que deveria ter aberto as portas em novembro, será inaugurado em janeiro do próximo ano.
Este é o segundo adiamento promovido pela gestão do governador Márcio França (PSB). Em sua justificativa, o governo estadual alega que, durante a execução das obras, após parecer técnico do consultor de solos com perfil do terreno, constatou-se “a necessidade de reforço nas fundações da edificação”, o que interferiu diretamente no cronograma de trabalhos. Com o atraso, a unidade deverá ser entregue pelo governador eleito do Estado, João Doria (PSDB).
A unidade do Bom Prato de São Bernardo – a segunda da região – está sendo erguida em espaço de 650 mil m², antes ocioso, em área anexa às dependências do Poupatempo da cidade, localizado na Rua Nicolau Filizola, 100, no Centro.
A construção do restaurante popular está orçada em R$ 2,2 milhões, sendo R$ 1 milhão para a implantação e R$ 1,2 milhão para o custeio de refeições por dez meses. A contrapartida municipal será de R$ 1,9 milhão, sendo R$ 1,6 milhão para implantação e R$ 313,5 mil para custeio.
A estimativa é a de que o local ofereça diariamente 1.800 refeições, sendo 1.500 almoços, por R$ 1, e 300 cafés da manhã, por R$ 0,50. Crianças de até 6 anos têm direito a refeição gratuita.
Anunciada em outubro do ano passado, a unidade será gerenciada pelo Crami (Centro Regional de Atenção aos Maus-Tratos na Infância), entidade vencedora de chamamento público promovido pelo governo do Estado. O equipamento funcionará de segunda a sexta-feira, das 7h às 9h, no café da manhã, e a partir das 10h30, no almoço.
ALTERNATIVA À CRISE
Levantamento divulgado recentemente pela Secretaria de Desenvolvimento Social mostra que a rede de restaurantes Bom Prato tem atraído cada vez mais pessoas da classe média. O volume de usuários do serviço que possuem renda entre dois e três salários mínimos – até R$ 2.862 – cresceu de 28,6% para 35,9% em relação ao total de clientes nos últimos dois anos. Também foi observada alta no volume de frequentadores com renda de até R$ 4.770 no período – passou de 8,1% para 11,1%.
Os dados apontam que, na tentativa de driblar a crise econômica que afeta o País, parcela da população tem visto no programa alternativa barata e de qualidade para realizar as refeições.
Criado em 2000 pelo governo estadual, o programa garante alimento de qualidade e balanceado, com controle do Ital (Instituto de Tecnologia de Alimentos). A única unidade da região funciona em Santo André, no Centro, há 16 anos.
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