O prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), anunciou a redução dos valores da taxa do lixo, implementada no fim do ano passado. Fazendo mea-culpa, o socialista declarou que a meta é, “em um futuro próximo”, encerrar a cobrança do tributo. Haverá redução de até 46% na tabela, válida para o próximo exercício.

O maior desconto está na faixa do consumo entre 50 e 400 metros cúbicos de resíduos. O imposto passa de R$ 60,02 para R$ 32,38. Para a parte mais baixa, de até 10 metros cúbicos, a queda foi de 11,34%, saindo de R$ 8,91 para R$ 7,90. “A nossa tarifa social é a menor do Estado de São Paulo”, disse Atila, ao anunciar a nova tabela.

Nas contas da Prefeitura, a faixa mais baixa de consumo envolve 82 mil residências. No bloco entre 10 e 20 metros quadrados (42 mil endereços), a redução foi de 7,63% (passando de R$ 17,95 para R$ 16,58). Na parte entre 20 e 50 metros quadrados, o corte foi de 19,1% (de R$ 27,01 para R$ 21,85). “É o comerciante, que também enfrenta problemas com a crise”, justificou Atila, ao falar da última porção.

“Sei que no ano passado o Natal foi amargo para o morador de Mauá (com a implementação da taxa do lixo). Discutimos com nossos técnicos, equilibramos as contas e vamos reduzir o valor. Prova que a Prefeitura não está em calamidade (financeira). Calamidade é quem fica quatro meses interinamente e depois abandona a cidade”, comentou o socialista, em referência direta à sua vice, Alaíde Damo (MDB). A emedebista, no período em que ficou à frente do Paço – com a prisão e o afastamento de Atila –, baixou decreto de calamidade financeira, revogado pelo prefeito em seu retorno.

Atila afirmou que a meta é cortar ainda mais o valor da taxa no fim do próximo ano para que, em breve, o tributo deixe de existir. Ele criticou também o ex-prefeito Donisete Braga (Pros) pela renegociação com a empresa que coleta e despeja o resíduo sólido e fez mea-culpa. “Quero pedir desculpa ao povo de Mauá. Nem eu nem a Câmara queríamos a criação de taxa. Mas, às vezes, é inevitável.”

Conforme o Paço de Mauá, a arrecadação com a taxa neste ano foi de R$ 28,3 milhões. Com decreto, será de R$ 20,6 milhões.