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Atriz argentina radicada na região, Lili Colonnese começou carreira no teatro aos 49 anos

Caroline Manchini
03/12/2018 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


A interpretação dos atores novelescos despertou o interesse de Lili Colonnese, que mais tarde dedicaria sua vida aos palcos, pelas artes cênicas desde muito cedo. Ainda criança já sonhava em ver o próprio rosto estampado na televisão. O desejo, porém, ficou guardado em seu íntimo por anos.

Filha de Eugênio Colonnese (1929-2008), icônico quadrinista italiano radicado em Santo André, Lili confessa que, antes de escolher sua profissão, tentou entrar para o mundo das HQs e trabalhou com o pai durante alguns anos.

“Desenhava muito bem, mas não me sentia realizada fazendo aquilo. Meu pai sempre dizia ‘faça o que você gosta’ e, então, parei de rabiscar”, relembra.

Apesar da vontade de se tornar atriz, ela percorreu outros caminhos e formou-se em Psicologia e Educação Física. Com os diplomas em mão conseguiu emprego e passou a trabalhar com marketing esportivo, área que dedicou grande parte de sua vida.

Somente aos 49 anos, por influência de uma conhecida, resgatou seu grande sonho e inicou um curso preparatório de atores realizado em escola localizada em Santo André, cidade onde vive desde os 4 anos. Até então Lili morava na Argentina, seu local de nascimento. “Durante as aulas me identifiquei muito com o teatro e percebi que aquilo me preenchia. É importante mencionar que os professores Renato Jacob e André Castelani tiveram grande influência na minha formação como atriz”, diz com brilho nos olhos.

Durante o curso integrou o elenco das peças teatrais A Revolução das Mulheres, de Aristófanes (400 a.C), Doroteia-Okê, texto de Claudia Jordão, e Aves de Arribação, produção coletiva, com a qual se apresentou nos teatros Municipal de Santo André e Santos Dumont, em São Caetano, dentre outras tantas produções.

No entanto, a notoriedade de sua carreira se deu com o espetáculo A Fantástica Casa de Bonecas, que ficou em cartaz, em 2015, no Teatro das Artes, em São Paulo. Ela dividiu o palco com Helena Ranaldi, Lara Córdula e Giovanni Venturini, e foi dirigida por Clarice Abujamra. A peça, adaptação do texto Casa de Bonecas, do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen (1828-1906), é resultado da parceria entre ela e o amigo Gugs Henrique, idealizador do projeto. “Nós pretendemos voltar com o espetáculo em 2019, dessa vez como musical”, adianta a atriz em entrevista ao Diário.

Depois desse trabalho, que considera o de “maior responsabilidade” em sua carreira, a atriz fez participações na novela Carinha de Anjo, exibida pelo SBT, e no longa-metragem ELA, que fala a respeito da esclerose lateral amiotrófica. O filme tem direção de Flávio Guedes e o lançamento está previsto para o próximo ano.

No momento está gravando outra obra cinematográfica intitulada Destino de Conceição Melo. “Hoje a arte é terapia na minha vida. Com ela posso ser o que quiser e me transportar para outras sintonias. Por isso, meu grande objetivo é continuar seguindo firme nessa carreira.” 




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