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Halloween
Festejando o Dia das Bruxas

Quarta-feira é o Halloween; nesse dia, crianças se fantasiam para comer doces e fazer travessuras

Tauana Marin
Diário do Grande ABC
28/10/2018 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Doces ou travessuras ou trick or treat, como é conhecido no mundo, é a fala típica de quem costuma aproveitar a festa de Halloween, ou Dia das Bruxas, comemorado na quarta-feira, dia 31.

Hoje, a festa, é popular em algumas escolas regulares e nas instituições que ensinam o idioma norte-americano. Mas, na verdade, surgiu há mais de 2.000 anos, a partir da comemoração do Ano-Novo e o fim do verão pelo povo celta (que viveu onde hoje é Inglaterra, Escócia e Irlanda), que segue até dia 2 de novembro, quando é celebrado o Dia de Finados.

Os antigos acreditavam que nesses dias os espíritos e fantasmas voltavam para a Terra. Por isso, o Halloween é a comemoração entre esses dois mundos.

É com o objetivo de fazer parte desse universo que a estudante de inglês da escola CNA de São Bernardo, unidade do Centro, Marcella de Souza Lacerda, 9 anos, faz questão de participar da festa de Halloween há três anos, mesmo período em que iniciou os estudos da outra língua. “Aprendi que essa cultura é muito forte nos países da América do Norte, como Estados Unidos e Canadá. É algo alegre, onde todos saem fantasiados, comem doces e se divertem.”

A amiga Vitória Morassi de Abreu, 8 anos, gosta de aprender em meio à festividade, por exemplo, novo vocabulário. “É legal participar da comemoração aqui (CNA)." Em casa, Vitória e a família também curtem o Halloween. “Meu tio faz aniversário perto da data, e minha mãe sempre aproveita para reunir todo mundo e fazermos a festa das bruxas em casa. Acho bem legal”, conta ela, que já se fantasiou de Arlequina, vilã do filme Esquadrão Suicida.

"Gosto de ir à sala do terror, onde histórias são contadas e também adoro participar da competição de pratos típicos. Já ganhei o concurso nos últimos dois anos, quando fiz bolo em formato de cérebro e olhos de zumbi com gelatina”, explica Marcella.

Ler as obras de Harry Potter, além de assistir aos filmes do famoso bruxinho, fez com que Syllas Martins Alves, 12 anos, escolhesse o personagem como forma de homenagem neste ano. “Sou fã número um do (Harry) Potter. O que mais admiro nele são sua coragem e curiosidade. Gostaria de ser como ele. Nessa obra, é possível ver a magia como algo legal, por ser divertido”, conta o aluno da escola de idiomas de São Bernardo. Assistir a filmes como Hotel Transilvânia (2012) também é diversão para Syllas durante o Dia da Bruxas.

Feiticeiras são boas e ligadas à natureza

Uma das grandes figuras do Halloween é a bruxa, conhecida pelas roupas pretas, seu caldeirão e gato preto sempre ao lado. Mas, ao contrário do que muitos imaginam, ser bruxa ou mago é ser uma pessoa que busca a harmonia com a natureza e que aprende a como utilizar os elementos – terra, ar, fogo e a água – a fim de melhorar a qualidade de vida. Essas figuras são amigas dos seres da natureza e utilizam cristais e ervas para resolver problemas do dia a dia.

A questão da bruxa má (com cabelos compridos, verruga no nariz e vestidos negros) é algo que herdamos dos contos de fadas. A bondade das bruxas é necessária para que a magia se desenvolva.
Já o gato preto é a mascote da bruxa, ele quem traz proteção e segurança ao dia a dia das feiticeiras, que elaboram poções mágicas (chás e comidas) no caldeirão.

HISTÓRIA - Na Idade Média, as bruxas orientavam e davam conselhos espirituais para as pessoas e curavam doenças com chás e ervas. Entre os séculos 14 e 18, as bruxas foram perseguidas na Europa pela Igreja Católica (movimento chamado de Inquisição), que achava que, por causa delas, as pessoas deixariam de ouvir os padres. Muitas bruxas foram queimadas na fogueira.

Folclore brasileiro lembra o Saci-Pererê

Na quarta-feira também é dia de lembrar de personagens do folclore nacional. Exemplo disso, é que desde 2003 algumas cidades comemoram o Dia do Saci.

A lenda é de um menino negro, de uma perna só, gorro vermelho e cachimbo na boca, criada há mais de 200 anos pelos índios. Saci vive nas matas, é curioso e pode, em momentos de bom humor, achar coisas perdidas. Dizem que ele se desloca rapidamente dentro de redemoinhos de vento.

Esse menino também é conhecido por ser travesso e adorar pregar ‘peças’ nas pessoas, como trançar os pelos dos animais, esconder brinquedos de crianças, deixar os animais soltos e provocar os cachorros.

Saci-Pererê ficou famoso por meio das histórias do Sítio do Pica-pau Amarelo – obra de Monteiro Lobato (1882-1948). Tempos depois, o escritor e cartunista Ziraldo também o retratou nas histórias da Turma do Pererê em formato de histórias em quadrinho.

O personagem Chico Bento, do cartunista Mauricio de Sousa, garante que já viu o Saci em algumas de suas histórias.

Segundo o povo celta, dia 31 abriam-se os portais que separam o mundo visível do invisível – habitado por seres mágicos. Os gnomos são protetores dos cristais; duendes, das plantas; salamandras, do fogo; silfos, do ar; ondinas, da água; e faunos, dos animais.

Dizem que as crianças têm facilidade de enxergar as criaturas fantásticas, porque, como elas, são arteiras e boas. Os elementais, como também são conhecidos, trazem mensagem de paz e pedem que as pessoas preservem a natureza.

Consultoria de Tânia Gori, bruxa, escritora, idealizadora da Bruxaria Natural no Brasil e diretora da Casa de Bruxa, em Santo André.  




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