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Sábado, 20 de Abril de 2024

Será que tem?
Marcio Bernardes
20/08/2018 | 15:43
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 Será que tem?

 Até certa fase da vida eu era muito mais crédulo. Acreditava nas pessoas, nas ações e nas atitudes de todos. Isso provavelmente se devia à educação que recebi. Meus pais eram humanistas e cristãos. Acreditar era um verbo sempre conjugado na minha casa. Os tempos eram outros. Existia naquela época muito mais gente que vivia dentro dos princípios éticos e morais baseados na rigidez das atitudes. Era fácil encontrar político bem-intencionado e idealista.

Quando se descobria um juiz ladrão no futebol ele acabava considerado outsider e o tempo se incumbia de alijá-lo das atividades. Jogadores eram negociados e não existia esse ser chamado empresário, hoje mais desprezível do que respeitado. Era raro comissão, por fora, atitudes escusas nas transações entre clubes, com jogadores, na vida pública, nas relações empresariais.

Fiz esse preâmbulo para dizer que de uns tempos para cá mudei e passei a desconfiar de tudo. Desconfio porque em todos os setores se descobre histórias cabeludas. Encontrar um político honesto é ganhar na loteria. Os padres, antes inatingíveis, têm suas vidas expostas com escândalos impensáveis. No futebol é raro saber de um negócio limpo. Sempre tem alguém ou “alguéns” ganhando por fora.

A convocação da seleção brasileira, pela primeira vez depois da Copa da Rússia, abriu brechas para críticas à Tite, antes raramente vistas. Até há pouco tempo aprovado e imaculado, o treinador dos dá o direito de pensar coisas além da normalidade.

Nas datas-Fifa de setembro a seleção fará dois amistosos nos Estados Unidos. No dia 7 contra os americanos e dia 11 contra El Salvador. A exigida renovação da seleção esbarra nas semifinais da Copa do Brasil e no bom senso. Todos concordam que novos talentos precisam ser convocados. Mas na prática a teoria é outra.

Dia 12 de setembro acontecerão as duas primeiras partidas da fase semifinal da Copa do Brasil. Cruzeiro, Corinthians, Grêmio e Cruzeiro, justamente os quatro que mostraram mais competência na competição, perderão seus principais jogadores para a seleção. Dedé, Everton, Lucas Paquetá e Fagner foram convocados. Tudo certo, mas na hora errada. Os quatro desfalcarão suas equipes em um momento importante e especial. E Tite ainda vem com a conversa fiada de que para não prejudicar ainda mais as equipes chamou apenas um jogador de cada uma delas.

Por quê? Não podia deixar para os próximos jogos? Tite estaria atendendo algum interesse especial? Por quê? Pra quê? ...




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