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Líder Brinquedos, de Mauá, atrasa salários, benefícios e FGTS

Segundo sindicato, situação se arrasta há pelo menos um ano devido a problemas financeiros

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
20/07/2018 | 07:27
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Cerca de 400 trabalhadores da Líder Brinquedos, fabricante de brindes e brinquedos localizada no bairro Vila Carlina em Mauá, estão com problemas relacionados ao pagamento de salários há aproximadamente um ano.

Os atrasos são constantes e os colaboradores recebem o pagamento com até 15 dias de atraso. Além disso, também há irregularidades no vale-transporte, na cesta básica e em depósitos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

De acordo com o Sindbrinq (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Instrumentos Musicais e de Brinquedos do Estado de São Paulo), a empresa alega que não tem condições de efetuar o pagamento em dia por conta de dificuldades financeiras. Os funcionários só receberam valores referentes ao quinto dia útil do mês há dois dias. Porém, a cesta básica ainda está atrasada e não há previsão para o adiantamento, que deveria ser depositado hoje. A mesma situação vem se repetindo mês a mês.

A presidente da entidade representante dos trabalhadores do setor, Maria Auxiliadora dos Santos, afirmou que as cobranças para a regularização dos pagamentos são diárias. “Em Mauá, já tivemos uma assembleia em que os trabalhadores votaram e optaram por não paralisar as atividades para protestar por conta deste problema. Entramos com processo na Justiça para que haja o pagamento do FGTS, o que não é feito regularmente há três anos, e cobramos todos os dias. O que os donos alegam é que não têm como pagar, mas que recentemente houve a venda de um imóvel para tentar resolver esta situação”, explicou.

A sindicalista afirmou ainda que a Apolo Brinquedos, localizada em Itaquera, Zona Leste da Capital, e controlada pelo mesmo grupo, também passa pelo mesmo problema. Lá existem cerca de 140 profissionais, que chegaram a fazer uma greve de cinco dias, mas que também não resultou em mudança no cenário.

Segundo Maria, o grupo, assim como a maioria das empresas do setor, passa por intensa crise desde o ano passado. “Há muitos brinquedos em estoque em Mauá e eles estão produzindo em um ritmo mais lento. A Apolo chegou a ficar alguns dias sem produção porque estava sem matéria-prima. Está muito difícil neste ano, ainda mais com a Copa do Mundo, que também fez com que as vendas caíssem, e paralisou a economia. As pessoas acabam comprando menos brinquedos e preferem gastar com o que é prioridade, como alimentos”, explicou ela, que salientou que mesmo com os problemas, acredita que a empresa não corre risco de fechar as portas.

Desde o início do ano, o grupo já demitiu pelo menos 110 colaboradores nas duas unidades fabris. “Eles não estavam recebendo valores da rescisão, mas conseguimos fazer um acordo com a empresa para que o pagamento fosse feito em parcelas. A maioria, inclusive, já conseguiu recebeu tudo”, explicou Maria.

O Diário entrou em contato com a Líder para obter um posicionamento da empresa sobre o assunto, mas não teve retorno até o fechamento desta edição.  




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