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PSDB parte para eleição à Assembleia sem campeões de voto

Seis deputados tucanos mais bem votados de 2014 não buscarão reeleição neste ano

Por Fabio Martins
16/07/2018 | 07:00
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 Além de deixar o comando do Estado mais rico do País após 24 anos, o PSDB parte para a eleição à Assembleia Legislativa com 1,75 milhão de votos a menos. Isso porque o tucanato emplacou deputados estaduais em pleitos municipais em 2016 e viu outros mudarem de rota política ou de partido na janela eleitoral. Quatro anos atrás, o PSDB foi o grande vitorioso na corrida por vagas no Parlamento paulista, elegendo 22 dos 94 deputados estaduais. Dos cinco mais bem votados no Estado, três eram da sigla. Agora o cenário é outro: os seis tucanos com melhores desempenhos naquela eleição não estarão nas urnas para a Assembleia em outubro e, apesar dessa situação, a direção estadual mantém otimismo.

Primeiro lugar na corrida parlamentar paulista em 2014, Fernando Capez (306.268 votos) segue no PSDB, mas concorrerá, neste ano, a uma cadeira na Câmara Federal. Dois dos cinco tucanos mais bem votados há quatro anos trocaram de sigla: Coronel Telhada (254.074 votos) foi para o PP, enquanto Barroz Munhoz (194.938) migrou para o PSB. Os dois decidiram apoiar a pré-candidatura à reeleição do atual governador de São Paulo, Márcio França (PSB), em detrimento ao projeto tucano liderado pelo ex-prefeito paulistano João Doria.

Outros dois filiados tiveram êxito na eleição municipal e, por isso, estarão fora neste ano. Luiz Fernando Machado (148.614 votos) se elegeu prefeito de Jundiaí. Orlando Morando (237.020 votos), terceiro mais bem votado do Estado em 2014, se sagrou prefeito de São Bernardo – a tendência é que ele lance a mulher, Carla Morando (PSDB), na disputa por uma cadeira na Assembleia.

Completam a lista de tucanos que não buscarão a renovação de mandato à Assembleia – seja por troca de sigla ou por outros motivos – Mauro Bragato (175.839 votos), cassado; Pedro Tobias (164.261), por opção política; Roberto Engler (122.544), se mudou para o PSB; João Caramez (75.864), também está no PSB; e Celso Giglio (76.471), morto em 2017.

“Nossa expectativa é manter a bancada de deputados. Isso porque torpedo tem sido sobre todos os partidos grandes. Mas de qualquer forma não avalio que será tão ruim (cenário) para o PSDB. Estamos também trazendo novas pessoas, renovação. Aqueles que receberam 300 mil (votos) tendem a ter 200 mil. Os de 200 (mil) devem cair para 100 mil. Mais de 50% (eleitorado) vai votar nulo, branco ou irá se abster”, discorre Pedro Tobias, presidente estadual do PSDB. Para minimizar impactos das perdas, ele assinou as filiações dos deputados estaduais Márcio Camargo (ex-PSC) e Cássio Navarro (ex-MDB), que, juntos, tiveram 119,6 mil votos.

“De fato, são grandes lideranças que não serão candidatas nesta eleição e que formaram a chapa na última, porém avalio que se tiver diferença (de votos) não será exorbitante. Estamos estudando com PSD e DEM as possibilidades de coligação. Não estamos preocupados. Até porque o Doria e (Geraldo) Alckmin (pré-presidenciável do PSDB) também vão contribuir para puxar votos”, acredita Márcio Canuto, secretário de Meio Ambiente de Mauá e coordenador do PSDB no Grande ABC.




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