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Terça-Feira, 23 de Abril de 2024

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Indústria automotiva
Montadoras da região adotam jornada extra

Objetivo é compensar a queda da produção durante a paralisação dos caminhoneiros em maio

Flávia Kurotori
especial para o Diário
14/06/2018 | 07:07
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André Henriques/DGABC


Com o objetivo de compensar a perda de produção durante a paralisação dos caminhoneiros, que durou 11 dias, as montadoras Scania, em São Bernardo, e GM (General Motors), em São Caetano, adotaram neste mês jornada extra de trabalho aos sábados e horário estendido de segunda a sexta-feira. Já na planta são-bernardense da Toyota haverá compensação, porém, os detalhes ainda estão sendo definidos.

Ao mesmo tempo, todas as áreas produtivas da Mercedes-Benz, em São Bernardo, irão operar por oito sábados, mas por conta da paralisação de dez dias dos trabalhadores por reajuste salarial. Conforme o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, outros seis sábados extras serão por conta da demanda produtiva.

No caso da Scania, os funcionários já compensaram por dois sábados e, até dia 20, trabalham três horas a mais por dia, duas vezes por semana. A GM não confirmou a informação, entretanto, trabalhadores disseram que estão fazendo horas extras diariamente e jornada em três sábados neste mês.

No País, outras automobilísticas também estão repondo a produção. Em Pernambuco, o parque industrial da Fiat Chrysler Automobiles também está operando aos sábados. Em Minas Gerais, a maior fábrica da Fiat no mundo estabeleceu calendário de horas extras em dias úteis, no decorrer do ano. Já na planta gaúcha da GM, o retorno das férias coletivas foi antecipado e trabalhadores voltam à ativa no sábado.

Vale lembrar que a produção de veículos no País caiu 20% em maio ante abril, passando de 266.111 para 212.294 unidades, conforme dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Quanto às exportações, o resultado recuou 17% no mês passado. Segundo Antonio Megale, presidente da entidade, a greve dos caminhoneiros impactou diretamente o desempenho do setor.

Conforme publicado pelo Diário, o subsídio de R$ 9,6 milhões, equivalente a desconto de R$ 0,46 no preço do litro do diesel nas bombas – um dos pleitos dos caminhoneiros –, atrasou o anúncio do projeto de incentivos às montadoras Rota 2030. Com isso, a região deve ser fortemente afetada, pois conta com seis empresas do ramo. “Os investimentos estão sendo feitos nas matrizes que, principalmente, estão ali na região. Então, o programa é mais importante para o Grande ABC do que para as outras regiões do País”, afirmou Megale, à época.

Para se ter ideia, o programa anterior, o Inovar-Auto, favoreceu a injeção de R$ 8 bilhões em modernização de plantas em São Bernardo e São Caetano até 2022, além de trazer novos veículos e instalar centro de pesquisa aplicada.

As demais montadoras da região não responderam até o fechamento desta edição. (com agências) 




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